Terceiro livro da autora é voltado para a escuta interna com compaixão para ser uma mulher feliz
Redação Publicado em 05/11/2025, às 06h00

Stella Azulay, ex-repórter e correspondente internacional, está prestes a lançar seu novo livro, 'A Coragem para Ser Uma Mulher Feliz', que aborda recomeços e autoconhecimento, destacando a força feminina e a vulnerabilidade.
A obra reflete sobre suas experiências pessoais e profissionais, enfatizando que a felicidade não é a ausência de dificuldades, mas a coragem de se reconstruir após elas, especialmente após os 50 anos.
Stella compartilha 'nove passos de coragem' no livro, baseados em sua vivência e estudos em psicologia positiva, que visam ajudar mulheres a se redescobrirem e a transformarem suas histórias e as de suas famílias.
Mãe de quatro filhos, ex-repórter do SBT e da Record e correspondente internacional em Jerusalém, a jornalista, palestrante e escritora Stella Azulay se prepara para o pré-lançamento de seu novo livro, A Coragem para Ser Uma Mulher Feliz (Literare Books International).
A obra é uma jornada sobre recomeços, ancestralidade e autoconhecimento, na qual Stella revisita suas experiências pessoais e profissionais para falar de vulnerabilidade, espiritualidade e força feminina.
Autora também dos livros Como educar se não sei me comunicar e Conte sua história para seu filho, um livro-caixinha que une storytelling e educação familiar, Stella amplia agora seu olhar para dentro, compartilhando reflexões sobre coragem e autenticidade que inspiram mulheres a se reinventar em qualquer fase da vida.
Em entrevista ao site Mariana Kotscho, Stella, que já foi colunista do portal, fala sobre coragem, autenticidade e o poder de ensinar e aprender com as próprias cicatrizes:
Mariana Kotscho - O que te motivou a escrever A Coragem para Ser Uma Mulher Feliz?
Stella Azulay: Escrever este livro foi um ato de coragem em si. Eu precisei revisitar dores, perdas e escolhas difíceis. Mas também quis mostrar que, mesmo nas nossas quedas, existe beleza e aprendizado. Depois dos 50, percebi que ser feliz não é viver sem rupturas, e sim ter coragem de se reconstruir quantas vezes for preciso.

Mariana Kotscho - Seu primeiro livro fala sobre educação e comunicação, e o segundo livro fala sobre contar histórias para os filhos. Agora, você conta a sua. Existe uma conexão entre esses trabalhos?
Stella Azulay: Totalmente. Os primeiros livros nasceram do desejo de fortalecer o vínculo entre pais e filhos por meio da educação e da escuta. Este terceiro é uma continuação desse caminho, mas voltado para a escuta interna e para ouvir a própria história com compaixão. Só conseguimos ensinar nossos filhos sobre coragem e autenticidade quando praticamos isso em nós mesmas.
Mariana Kotscho - O livro traz muito da sua trajetória como mulher, mãe e profissional. Que mensagem você gostaria que as leitoras, especialmente as mães, levassem dessa leitura?
Stella Azulay: Que não existe idade certa para recomeçar, nem manual para acertar. Nós, mães, temos o hábito de nos colocar por último. Mas quando olhamos para dentro e cuidamos de nós, estamos ensinando nossos filhos pelo exemplo. A coragem para ser uma mulher feliz começa quando paramos de nos julgar e passamos a nos acolher.
Mariana Kotscho - Você fala muito sobre família e cita seu avô, sobrevivente do Holocausto. Que papel essa herança teve na sua jornada?
Stella Azulay: Meu avô, Wolf Litwak, salvou mais de cem pessoas dos campos de concentração. Cresci ouvindo essas histórias de coragem e fé. Elas me ensinaram que a dor pode ser transformada em propósito. Essa herança está em tudo o que faço, é como se a força dele continuasse me empurrando para a vida, mesmo nos momentos mais difíceis. Acredito que é dentro da família que aprendemos o valor da empatia, da resiliência e do amor incondicional.
Mariana Kotscho - O livro fala de recomeços aos 50. Que conselho você daria às mulheres que sentem medo de mudar nessa fase da vida?
Stella Azulay: Que nunca é tarde para se redescobrir. A vida não vem com manual, mas sempre oferece novas chances. Aos 50, temos uma bagagem que nos dá mais sabedoria e menos pressa. O segredo é não esperar que tudo esteja perfeito para começar, pois a perfeição é justamente o que nos impede de viver com leveza.
Mariana Kotscho - No final do livro, você apresenta os “nove passos de coragem”. Como eles nasceram e como podem ajudar outras mulheres?
Stella Azulay: Eles nasceram da prática. São passos que envolvem gratidão, presença, autoestima e autocompaixão, pilares que aprendi estudando psicologia positiva em Harvard e vivendo na pele o que é se reconstruir. Não são fórmulas mágicas, mas caminhos possíveis para viver com mais verdade. Quando uma mulher encontra sua coragem, ela muda não só a própria história, mas a de toda a família.
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