O pneumologista Dr. Flávio Arbex destaca os tratamentos e as principais formas de prevenção à asma
Redação Publicado em 02/05/2023, às 15h00
Celebrado anualmente na primeira terça-feira de maio, o Dia Mundial de Combate à Asma tem como objetivo divulgar informações sobre a doença e prevenir o agravamento dos sintomas. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, atualmente, cerca de 20 milhões de brasileiros lidam diariamente com os desafios da enfermidade.
Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, a asma é uma condição multifatorial que pode se dar tanto por uma associação de fatores genéticos, quanto por respostas ambientais, como nos quadros inflamatórios que o paciente possa ter, as popularmente chamadas de reações alérgicas. “Responsável por acometer os pulmões devido a uma inflamação crônica dos brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões), a doença pode acarretar graves crises caso não receba o tratamento adequado”.
Entre os principais sintomas estão a falta de ar, dificuldade para respirar, sensação de aperto no peito ou peito pesado, chiado no peito e tosse. “As manifestações podem variar ao longo do tempo ou mesmo durante o dia, podendo ainda piorar à noite, de madrugada ou com a prática de atividades físicas. A fumaça de queimadas, assim como a poluição típica dos centros urbanos, também atua como fator de risco para a piora da asma.”
Já no que diz respeito aos tratamentos, o especialista destaca as medidas farmacológicas (que utilizam das bombinhas com corticoide inalatório) e as não farmacológicas, que consistem em ações ambientais em que o paciente se livra da exposição de elementos que causem a asma ou mesmo piorem o controle da doença, como pó, poeira, pelúcias, mofo, tempo seco, queimadas etc.
“Ambas as intervenções costumam ser de fácil acesso e extremamente eficientes, porém, o mais importante é que mesmo diante de uma significativa melhora, nenhum paciente abandone o tratamento e o acompanhamento regular com o seu médico, já que isso pode acarretar uma considerável queda da qualidade de vida, com risco de crises respiratórias graves e que levam a perda de dias de trabalho, escola etc.”, explica o pneumologista.