O pneumologista Dr. Flávio Arbex explica como as temperaturas baixas do inverno favorecem a disseminação dos vírus
Redação Publicado em 17/07/2023, às 12h00
Com a chegada do inverno em 21 de junho, a população já começa a se manter mais atenta para as doenças respiratórias de comum circulação em épocas mais frias. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento dessas condições devido a alta concentração de poluentes na atmosfera.
“O clima da estação também deixa as vias respiratórias mais secas e desprotegidas, especialmente o nariz e a garganta. Assim, essa consequente redução dos mecanismos de defesa propicia o aparecimento de enfermidades respiratórias como bronquite, rinite, sinusite, gripes, resfriados e vírus respiratórios, além de uma piora dos sintomas de outras doenças, como a asma”, explica o pneumologista.
Arbex comenta ainda que a transmissão das doenças ocorre muito mais facilmente quando há uma maior permanência nos espaços fechados e com pouca ventilação, pois isso facilita a circulação dos microrganismos. “Portanto, a principal recomendação nesses casos é sempre manter o local o mais ventilado possível, a fim de minimizar as chances de os vírus serem transmitidos entre as pessoas”.
Demais orientações incluem: uma recorrente higienização das mãos para evitar a transmissão de doenças causadas por fungos, vírus e bactérias; o uso de máscaras quando houver sintomas respiratórios; uma alimentação adequada; a prática regular de atividades físicas; e o uso de roupas apropriadas a fim de evitar choques térmicos, especialmente por pessoas que possuem imunidade baixa.
Diante desse cenário, Dr. Flávio ainda relembra ser indispensável a vacinação contra a pneumonia, além da vacinação anual contra a gripe e a aplicação dos demais imunizantes regulares, como as doses contra os vírus respiratórios. “Quando as pessoas se vacinam, elas não apenas se protegem, mas também contribuem para a prevenção e controle de doenças infecciosas em toda a população”.