Um ambiente com tons claros, em locais para exames de radiologia, ajuda quem têm autismo porque tranquiliza e conforta. Entenda a cromoterapia
Redação Publicado em 25/11/2024, às 06h00
Uma pesquisa brasileira, recém-publicada na revista Encontro X, explora uma abordagem inovadora e não invasiva para melhorar a experiência de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) durante procedimentos radiológicos. O estudo de revisão, elaborado por autores de diversas instituições, destaca a importância de criar um ambiente acolhedor, utilizando a cromoterapia como uma ferramenta para mitigar a ansiedade e o estresse associados a esses exames.
Conforme a pesquisa, a cromoterapia, que utiliza o poder das cores para induzir estados emocionais positivos, tem mostrado resultados promissores na redução do estresse e na melhoria do estado dos pacientes. O trabalho aponta que cores suaves, como tons em azul e verde, podem criar uma atmosfera mais tranquila, contribuindo para uma experiência mais positiva no ambiente hospitalar.
Segundo a publicação, esse tipo de abordagem é especialmente relevante para crianças com transtorno do espectro autista, que podem ter sensibilidades sensoriais acentuadas e dificuldades em lidar com ambientes desconhecidos e potencialmente estressantes.
Para o trabalho, os autores revisaram uma série de artigos, incluindo alguns que enfatizam o impacto emocional dos procedimentos radiológicos em crianças. Segundo os cientistas, a pesquisa também se baseou na teoria do ambiente centrado na criança, que sugere a necessidade de adaptar o local para torná-lo mais acolhedor. Isso inclui a implementação de estratégias sensoriais e visuais, como a cromoterapia, para criar um espaço mais confortável durante os exames.
A pesquisa aborda a importância de treinar os profissionais de saúde para o uso adequado da cromoterapia. A comunicação não verbal e visual também é destacada como uma estratégia eficaz para interagir com crianças com TEA, utilizando cartões com imagens ou símbolos que ajudam na compreensão.
"Essa abordagem sensorial favorece uma experiência mais tranquila, melhorando a colaboração e os resultados dos exames", diz Francisco Antônio de Almeida, coautor do artigo e professor do centro Universitário Unip.
Os resultados da pesquisa indicam que a cromoterapia não apenas melhora a experiência dos pacientes, mas também pode facilitar a realização dos exames, reduzindo a resistência e o medo que muitas pessoas, sobretudo crianças, sentem em relação ao ambiente hospitalar. A orientação aos pais sobre os benefícios da cromoterapia e como ela pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade de seus filhos durante os exames é uma parte crucial do processo. Informações claras e tranquilizadoras podem ajudar os pais a se sentirem mais confortáveis e confiantes ao levar seus filhos para os procedimentos.
Cristiane Gomes Ferreira, estudante e pesquisadora da Universidade Estácio, destaca a aplicação da cromoterapia na recepção dos pacientes infantis. "Essa estratégia permitiu uma aproximação lúdica, aliviando o estresse e influenciando positivamente suas emoções e comportamentos. Para eles, era uma brincadeira, para nós, uma conquista terapêutica significativa."
No entanto, os autores ressaltam a necessidade de mais estudos específicos sobre a eficácia da cromoterapia em ambientes clínicos, bem como a importância de desenvolver diretrizes práticas para sua implementação. A combinação de estratégias sensoriais, treinamento adequado para os profissionais de saúde e a educação dos pais pode resultar em uma experiência mais positiva e menos estressante para crianças com TEA durante exames radiológicos.
Vivaldo Medeiros dos Santos, coautor do estudo e docente da faculdade Estácio, reforçou que o uso de cores suaves e elementos lúdicos cria um ambiente mais acolhedor: "O que facilita a cooperação e proporcionando uma experiência menos traumática."
"Cores suaves e específicas ajudam a reduzir a ansiedade, tornando o processo de exames radiológicos menos estressantes e promovendo um ambiente acolhedor, favorecendo o bem-estar infantil", afirma Hamilta de Oliveira Santos, professora do centro universitário Unip.
Possui graduação em Tecnologia em Radiologia, Doutorando em Ciências IPEN/USP, Mestre em Ciências IPEN/USP. Dhc. em Educação e Graduando em Ciências Biológicas. Atualmente é Docente Presencial da Universidade Paulista, Faculdade Estácio e Centro Universitário Federal Educacional e Tutor de disciplinas EAD da UNIFECAF, FAMESP e UNIP, Docente de Pós Graduação da Faculdade UNYLEYA, Docente de Ensino Médio e Fundamental II do Colégio Hélio de Souza. Consultor de Cursos para Radiologia Veterinária do SENAC. Jornalista e Editor Coordenador - Revista Encontro X, Revista ASSTROSPAR e Revista Fronteiras da Ciência. Diretor da Rádio Sintonia da Ciência. Escritor, com ênfase em literaturas técnicas de Radiologia e Veterinária com 18 livros publicados. Membro da Academia Independente de Letras (AIL) Pernambuco, ocupando a cadeira 59, Acadêmico Correspondente FEBACLA, ocupando a cadeira 37. Embaixador da Paz e Comendador Da Justiça de Paz pela Organização Mundial dos Direitos Humanos (signatária ONU).
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