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Como desenvolver a inteligência emocional desde cedo?

Jéssica Zuzi explica a importância de trabalhar as emoções nas primeiras fases da infância e o que significa inteligência emocional

Redação Publicado em 04/02/2025, às 06h00

A inteligência emocional pode ser desenvolvida
A inteligência emocional pode ser desenvolvida

O desenvolvimento da inteligência emocional nas crianças é fundamental para que elas aprendam a lidar com seus sentimentos, construam relacionamentos saudáveis e enfrentem os desafios da vida. Uma das formas mais eficazes de promover esse aprendizado é através de oficinas de sentimentos e emoções, que podem ser aplicadas tanto em ambientes escolares quanto em casa.

A neurocientista educacional Jéssica Zuzi destaca que, ao longo dos primeiros anos de vida, o cérebro das crianças está em plena formação, e essa é uma fase crucial para a construção de habilidades emocionais. “Quando trabalhamos as emoções com as crianças de maneira prática e direcionada, estamos ajudando a criar uma base sólida para o desenvolvimento da empatia, do autocontrole e da resiliência, que são habilidades essenciais para a vida adulta”, explica Jéssica.

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Essas oficinas podem envolver atividades simples, como conversas sobre os sentimentos, brincadeiras simbólicas, histórias e dinâmicas que estimulem a expressão emocional. “A chave é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde a criança se sinta à vontade para identificar, nomear e compreender suas emoções. Além disso, é importante que ela aprenda a lidar com os sentimentos difíceis, como a raiva e a tristeza, sem medo de julgamentos ou repressões”, orienta a especialista.

Outro aspecto importante é a participação ativa dos pais e educadores nesse processo. “É necessário que os adultos também desenvolvam sua própria inteligência emocional para servir de exemplo. Quando uma criança vê um adulto lidando de forma equilibrada com suas emoções, ela tende a replicar esse comportamento”, afirma Jéssica.

Através dessas oficinas, as crianças aprendem que as emoções não são boas ou ruins, mas fazem parte da experiência humana e podem ser compreendidas e geridas de maneira saudável. Esse processo contribui significativamente para a construção de uma infância mais equilibrada e para o bem-estar emocional ao longo da vida.