2023: Um ano em que a pauta da inclusão da diversidade deve vir em primeiro lugar

Thaissa Alvarenga ressalta a importância da visibilidade das minorias e a inclusão da diversidade nos mais diversos âmbitos da sociedade

Thaissa Alvarenga* Publicado em 15/02/2023, às 10h09 - Atualizado às 10h11

Grupo que representa as minorias brasileiras subindo a rampa presidencial no dia 1 de janeiro de 2023 - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Iniciar 2023 é orientar nosso foco e nosso olhar para a discussão sobre inclusão na sociedade. Este ano promete abrir um grande espaço para as mudanças que estão a caminho da diversidade. Já começamos a quebrar paradigmas em 1o de janeiro, quando o atual Presidente da República apareceu recebendo a faixa de pessoas que representavam minorias brasileiras.

Muitas delas desconsideradas e invisíveis pela sociedade e que precisam ser olhadas e acolhidas: negros, povos originários, lgbtqia+, pessoas com deficiência. Quando a mídia se volta para elas, nos ajuda a produzir novas discussões e nos impulsionam a olhar para o futuro. Devemos dar significado para o que as pessoas precisam, e a pauta da pessoa com deficiência é um assunto que temos que trazer à lupa com um foco muito grande.

 

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Falar da pauta da diversidade e inclusão olhando para a caixinha da pessoa com deficiência, seja ela qual for, é olhar para um assunto importantíssimo, onde devemos ter o elo de discussão entre a gestão privada, o terceiro setor e as entidades públicas. Com isso iremos desenvolver políticas públicas e projetos que experienciam os desafios dessas pessoas, que são pessoas que têm direitos.

Isso só acontecerá se a sociedade entender e caminhar para a inclusão! A população de todos os diversos precisa estar inserida na área de saúde, na educação inclusiva, nas leis de cotas, no desenvolvimento no ambiente de trabalho, na moradia independente, e isso só acontecerá se a sociedade entender e caminhar para a inclusão! Em 2023 teremos o desafio de quebrar o paradigma e o muro invisível que existe em meio a todos nós, temos o dever de inserirmos essas pessoas nos mais diversos ambientes.

Como mãe de três, sendo um deles com síndrome de Down, e empreendedora social, acredito em uma mudança pautada na responsabilidade e no direito do diálogo, todos juntos, onde busquemos saídas através de experiências. Precisamos juntar as mãos, trazer as minorias e nos unirmos! Podemos em rede trabalhar essa pauta. É um dever do Estado colocar esse assunto em pauta e, da mídia, em colaborar para que a causa ganhe a força que precisa.

 

*Thaissa Alvarenga é fundadora da ONG Nosso Olhar, do portal de conteúdo Chico e suas Marias e do canal do youtube Inclua Mundo.

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