O corredor e empresário Matheus Carreiro faz reflexões sobre a vida, o medo, o tempo. E você, também para para refletir?
Matheus Caseiro* Publicado em 02/10/2024, às 06h00
Pensando bem, de onde vem o medo?
No início do escuro; depois, do futuro.
O medo é nosso impulso interior e se provou necessário para a sobrevivência.
E pensando bem, quem não tem medo?
Medo do próximo dia; do próximo treino; do que não sabemos.
Medo dos traumas da infância; de ficar sozinho; de morrer de medo.
O medo do desconhecido se faz necessário; o medo do antigo é chamado de trauma.
A verdade é que o medo nos leva adiante, revelando a coragem que há dentro de nós.
Quem teme dá o próximo passo e reconhece a grandeza do que se está vendo.
E se o medo acelera o peito e libera adrenalina, como não sentir medo quando se está correndo?
Nossa insegurança se transforma em rotina.
A angústia que vem com o medo nos leva à humildade.
E ao nos aceitar como atletas enxergamos no medo nossa grande amizade.
Porque a beleza do medo enquanto emoção perene, é o frio na barriga antes de cada largada.
Pensando bem, por que não o medo?
Sentimento que mostra nosso eu singular.
E transforma ansiedade irracional em combustível pro embate.
Porque o mesmo gatilho que sinaliza a largada, gera um novo gatilho que nos liberta do medo.
De tempos em tempos fazemos promessas; renovamos os votos; ficamos mais velhos.
Em tempos difíceis, pedimos aos céus; buscamos um ombro; ficamos mais sérios.
Se no início da vida o tempo é ativo abundante, em tempos futuros se mostra um bem mais escasso.
O tempo traz a ideia de presente, passado e futuro; e nos torna mais sábios através de marcas na pele.
E em tempos de frio do outro lado do mundo; no Brasil faz-se o tempo onde a vida floresce.
Se nas vidas corridas, cada um têm seu tempo; qual o tempo que vale a todos nós corredores?
Nosso tempo transborda a simplicidade do número. Resume os tempos de um ciclo em um painel analógico. E se os tempos difíceis enaltecem as conquistas, a simbiose dos tempos se faz um mal necessário.
E enquanto vivemos a busca eterna de um tempo, esquecemos o agora, enquanto ainda é tempo.
Mas como ideia de tempo traz consigo o futuro, vemos nos tempos à frente um sentido pra vida.
Pois a nossa certeza enquanto corremos depressa, é seguir sempre em frente mesmo sem saber o destino.
Por que enquanto o tempo, for um número em meu pensamento…eu sei que ainda é tempo para viver feliz.
*Matheus Caseiro é empresário e tem 31 anos
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