Sol no verão demanda cuidados extras com a pele

Com dias mais longos marcados pelo sol e calor intenso, o verão brasileiro também é um período em que as pessoas realizam mais atividades ao ar livre. Dessa forma, a dermatologista Dra. Natássia Pizani alerta para os cuidados necessários com a pele, já que a maior exposição aos raios solares pode deixá-la mais sensível, danificada e sujeita a riscos importantes.

A falta de proteção contra a radiação UVB e UVA pode resultar não apenas em queimaduras temporárias, mas também acelerar o envelhecimento cutâneo e provocar rugas, manchas e até câncer de pele. Os riscos são ainda mais exacerbados para quem pretende passar um tempo extra em praias ou clubes”, explica a especialista.

A radiação solar, chamada radiação ultravioleta (UV), pode ser dividida em UVA, UVB e UVC. Pizani explica que enquanto os raios UVC são completamente bloqueados pela camada de ozônio, os UVA chegam até nós todos os dias, independente do clima, presentes desde o nascer do dia, em qualquer horário. “São raios que penetram mais profundamente na pele, além de serem responsáveis pelo envelhecimento precoce, manchas, alergias e doenças como o câncer de pele.”

Já os raios UVB são os responsáveis por causar as conhecidas queimaduras e vermelhidão na pele, quadros típicos das temperaturas mais quentes do ano. Este tipo de radiação penetra a derme apenas superficialmente, sendo mais comum entre às 9h e 16h.

Além do sol, Pizani também alerta para outros fatores que contribuem com o ressecamento e maior fragilidade da pele, como ar-condicionado, areia da praia, água salgada do mar, uso de sabonetes de limpeza profunda e cloro ou outras substâncias presentes em piscinas. “Assim, além do uso adequado de protetor solar no corpo e no rosto, também é importante lembrar de hidratar a pele a fim de garantir uma superfície cutânea saudável e protegida”, detalha Dra. Natássia.

Veja também 

• Quais os riscos da falta de vitamina D?
• Câncer de pele é o mais comum entre brasileiros: saiba usar o protetor solar
• Três atividades de verão que estimulam o cuidado com os olhos das crianças

A especialista também ressalta a necessidade de aplicação de protetor solar na quantidade correta. A indicação do consenso de fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia é que seja aplicada a quantidade equivalente a uma colher de chá (ou 3 dedos) de protetor solar para face e pescoço. “Quantidades insuficientes não protegem a pele adequadamente e em uma situação de exposição solar direta é importante reaplicar o protetor a cada 2 horas ou após cada mergulho/transpiração intensa.”

Outras dicas ainda incluem: adequada ingestão de líquido; alimentação rica em betacaroteno (manga, melancia, cenoura, beterraba, mamão, tomate, maracujá etc.), antioxidante que fortalece o sistema imunológico e atua na produção de melanina, fazendo com que a pele tenha maior capacidade de se proteger do sol; e o uso de bonés, chapéus, roupas de algodão e óculos de sol.

Na avaliação da dermatologista, por se tratar de um cenário mais “extremo” para o corpo, os cuidados com a pele durante o verão precisam ser reforçados, pois dessa maneira é possível não apenas prevenir o surgimento de condições desagradáveis, mas também evitar a evolução para casos mais graves, como o câncer de pele.