A oftalmologista Ana Carolina Porto Bugalho alerta para os principais sintomas do Retinoblastoma
Redação* Publicado em 18/09/2023, às 06h00
Tipo raro de câncer ocular, o retinoblastoma é mais comum em crianças e responde por 3% dos cânceres infantis, chegando a cerca de 400 casos por ano. Diante desse cenário, desde 2012, o Congresso Nacional estabeleceu o dia 18 de setembro como o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma. Segundo a oftalmologista Ana Carolina Porto Bugalho, esse tipo de neoplasia costuma ser bastante agressivo.
“Trata-se de um câncer que pode invadir o nervo óptico e até mesmo o sistema nervoso central, além de ser um forte determinante para metástases. Portanto, a doença sempre deve ser diagnosticada o mais cedo possível para que haja maiores chances de um tratamento efetivo”, comenta Ana Carolina.
A especialista explica que a identificação de alterações na visão pode ser feita pelo neonatologista ainda na maternidade – que encaminhará o paciente ao oftalmologista - ou pelo próprio oftalmologista em exames de rotina nos primeiros anos de vida. Caso haja suspeita de retinoblastoma, o levantamento do histórico familiar, o exame de fundo do olho e a realização de ultrassom são elementos indispensáveis para a confirmação da condição. “O teste do olhinho deve ser feito após o nascimento do bebê e periodicamente até os cinco anos de idade”.
O principal sintoma apresentado pelos pacientes é a leucocoria, um reflexo branco na pupila que indica a incidência de uma fonte luminosa sobre a superfície do tumor, o que impede a passagem de luz. Sensibilidade ou desvio ocular também são sinais comuns e que merecem atenção. “Contudo, essas manifestações podem significar um estágio avançado da enfermidade, o que reforça ainda mais a importância dos exames regulares”.
Além do retinoblastoma, Ana Carolina explica que os testes podem detectar diversas alterações visuais e até mesmo doenças como catarata e glaucoma congênito, possibilitando tratamentos adequados e em tempo hábil. “Na maioria dos casos, o tumor pode ser tratado com quimioterapia, radioterapia e intervenções a laser. Já os quadros mais graves podem requerer a retirada do globo ocular”.
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