Especialista explica seletividade alimentar em crianças com espectro autista

Pesquisa da University of Massachusetts Medical School aponta que 67% das crianças no espectro autista apresentam transtorno ou seletividade

Redação Publicado em 15/03/2024, às 06h00

Entenda como suplementos podem ajudar na alimentação seletiva de crianças no espectro autista -

Abril é considerado o mês de conscientização a população sobre o autismo. Quando falamos do espectro autista em crianças, um dos VÁRIOS desafios enfrentados por pais e responsáveis é a seletividade alimentar. Isso ocorre porque alguns pacientes diagnosticados pelo transtorno têm dificuldades com determinadas texturas, sabores e aromas de alimentos. O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos.

É devido à presença desse sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso corpo. O SNP é a parte do sistema nervoso formada pelos nervos e gânglios. Sua função primordial é levar informações dos órgãos periféricos até o SNC e trazer as respostas desse sistema novamente para os órgãos. Sendo assim, esse sistema é responsável por conduzir informações. Essas estruturas são os nervos, os gânglios e as terminações motoras e sensitivas.

Segundo uma pesquisa da University of Massachusetts Medical School, cerca de 67% das crianças no espectro autista apresentam transtorno ou seletividade alimentar. Essa seletividade é tão comum por estar ligada à uma interferência direta de estímulos sensoriais.

Segundo a fonoaudiólogo, Eliza Carvalho, em muitos casos, as crianças ignoram grupos alimentares inteiros, se recusando a comer frutas, legumes, cereais, grãos, proteínas ou produtos à base de leite, por exemplo.

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“Os responsáveis devem estar atentos pois essa condição pode levar à falta de nutrientes necessários para crianças em desenvolvimento. Uma forma de lidar com isso é optar por suplementos vitamínicos que ajudam na absorção e na reposição dos componentes importantes”, explica a especialista.

Eliza reforça que nas farmácias de manipulação, é possível criar suplementos em balas, pirulitos, chocolates ou até mesmo em pó para misturar com bebidas, e esses formatos costumam ser mais atrativos para as crianças.

Para lidar com a seletividade alimentar é importante consultar um médico, utilizar de terapias alimentares e respeitar o tempo da criança.

“Um ponto muito importante é entender que esse momento de adaptação alimentar requer paciência e constância, estímulos lúdicos e conversas. O simples ato de reforçar a necessidade daquela refeição já é um pequeno passo que pode auxiliar na reeducação alimentar”, finaliza.

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