Como a preservação da fertilidade tem ajudado mulheres a conciliarem carreira e maternidade sem pressa para um planejamento familiar
Redação Publicado em 10/09/2025, às 06h00
Conciliar vida profissional e planos familiares é um desafio para muitas mulheres. Entre reuniões, metas e projetos, nem sempre sobra tempo ou vontade de pensar em ter filhos agora. Mas, ao mesmo tempo, a dúvida ronda: e se, no futuro, eu quiser?
É nesse cenário que o congelamento de óvulos vem ganhando espaço como uma opção segura e planejada para preservar a fertilidade. A técnica permite que mulheres tenham mais liberdade para decidir quando querem engravidar e não precisam fazer isso antes dos 35 anos.
"Não se trata de uma pressão para ter filhos, mas de uma oportunidade de manter a possibilidade aberta para o futuro", explica a Dra. Thais Vitti, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana pela Universidade de São Paulo (USP). Com 20 anos de experiência médica, sendo 16 deles dedicados exclusivamente à infertilidade e à endometriose, ela ressalta que o congelamento é uma forma de prevenção, assim como os exames ginecológicos de rotina.
Um dos principais dilemas enfrentados por mulheres que ainda não têm certeza sobre a maternidade é o tempo: até quando é possível esperar? Segundo a Dra. Thais, o ideal é começar a se informar por volta dos 30 anos. “A qualidade e a quantidade dos óvulos diminuem com o tempo, e esse declínio se acentua a partir dos 35. Quanto mais cedo o congelamento é feito, melhores as chances de sucesso no futuro”, afirma.
A especialista recomenda ainda que mulheres que pensam em adiar a maternidade procurem um ginecologista para avaliar sua reserva ovariana fazendo um exame simples, que ajuda a entender como anda a saúde reprodutiva. "Com base nos exames e no estilo de vida da paciente, conseguimos orientar se já é o momento de congelar ou se dá para esperar mais um pouco", diz.
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