Diretora executiva do Sistema de Ensino pH destaca práticas que podem contribuir para uma educação de excelência
Redação Publicado em 18/07/2025, às 06h00
O Brasil apresenta um cenário de grande desigualdade educacional: cerca de 9,8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não concluíram a educação básica (composta pela educação infantil, ensino fundamental e médio) e não frequentam escolas. Esses dados são da pesquisa Juventudes Fora da Escola, realizada pelo Itaú Educação e Trabalho e da Fundação Roberto Marinho, baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022.
Para a diretora executiva do Sistema de Ensino pH, Aline Castro, é necessário refletir sobre os desafios enfrentados pelo país no setor educacional e sobre práticas que podem transformar a realidade de milhares de estudantes. “Embora tenhamos conquistado avanços no acesso à educação, a desigualdade na qualidade educacional ainda é um dos maiores entraves ao progresso social e econômico do país. É preciso garantir que todos tenham acesso a uma formação sólida, que vá além dos conteúdos básicos e os prepare para o futuro”, comenta.
Com o intuito de oferecer práticas educacionais de excelência e contribuir para a formação de uma geração preparada para transformar o país, Aline reúne quatro aspectos que visam melhorar a educação nacional.
Para Aline, um sistema de ensino inovador deve ir além da entrega de conteúdos impressos, apostando em tecnologias que potencializam a aprendizagem, como, por exemplo, plataformas digitais robustas de conteúdos, apoio aos professores/autores e integração de novas metodologias. “Acreditamos que o uso de tecnologias, associado a metodologias ativas, é um divisor de águas para o engajamento e a eficiência na educação. Os alunos precisam enxergar sentido no que estão aprendendo, e isso é possível quando conectamos o conteúdo ao mundo real”, afirma.
Outro desafio central é tornar a educação inclusiva e acessível para todos. “É importante que sejam feitos investimentos em infraestruturas acessíveis, tecnologias assistivas e a formação de profissionais capacitados para lidar com a diversidade em sala de aula, pois o foco principal de uma educação de qualidade é o acolhimento de todos os estudantes, independente de suas condições sociais, econômicas ou físicas. A inclusão beneficia a sociedade como um todo, promovendo respeito e empatia”, comenta.
A integração da tecnologia às salas de aula também é vista como essencial para reduzir desigualdades regionais e promover oportunidades igualitárias. Para tanto, é necessário viabilizar infraestrutura tecnológica nas escolas públicas, como internet de alta velocidade e equipamentos modernos, além de formar professores para utilizarem essas ferramentas de maneira eficaz.
Para Aline, embora o país tenha avançado no acesso à educação básica, ainda há muito a ser feito para garantir qualidade e equidade. “Os maiores desafios passam por investimentos consistentes, valorização docente e a criação de políticas públicas que priorizem a educação como base para o desenvolvimento nacional. É um caminho longo, mas a educação é o motor das transformações sociais”, finaliza.
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