Saiba como evitar imprevistos e aproveitar ao máximo a viagem em família de avião com crianças
Redação Publicado em 19/12/2024, às 06h00
Imagine a cena: uma família ansiosa para embarcar nas férias dos sonhos é surpreendida no aeroporto ao descobrir que não possui a documentação necessária para o filho menor viajar. Ou, durante um voo longo, os pequenos ficam inquietos por falta de entretenimento adequado. Essas situações são comuns, mas podem ser facilmente evitadas com o planejamento correto.
A turismóloga Suzana Groff, CEO da Gramado Premium, apresenta dicas práticas para auxiliar famílias a evitarem contratempos. *Documentação necessária* Em voos domésticos, crianças podem embarcar com certidão de nascimento ou documento de identificação com foto, como o RG ou passaporte válido. Se acompanhadas por parentes até o terceiro grau, como avós ou tios, é necessário comprovar o vínculo por meio de documentos.
Se a criança estiver desacompanhada ou acompanhada por alguém sem grau de parentesco, é exigida uma autorização de viagem judicial ou extrajudicial, com firma reconhecida em cartório. A especialista orienta levar cópias autenticadas e sempre deixar uma cópia dos documentos com um responsável que não esteja viajando. Em viagens internacionais, todos os menores devem portar passaporte válido. Para países do Mercosul, o RG em bom estado é aceito.
Dependendo do destino, pode ser necessária autorização de viagem emitida por ambos os pais ou responsáveis legais, com firma reconhecida. “É importante verificar as exigências específicas de cada país e da companhia aérea”, orienta Suzana.
Alguns países exigem comprovante de vacinação, como contra a febre amarela. É essencial consultar as exigências do destino e portar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) quando necessário. O CIVP pode ser emitido em unidades de saúde ou por meio da plataforma Meu SUS Digital. Também é importante observar os prazos: “Para a febre amarela, é necessário tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem. Outras vacinas, como as contra sarampo ou COVID-19, podem ser exigidas dependendo do país ou das condições sanitárias locais”, informa.
A seleção dos assentos pode impactar diretamente o conforto das crianças, sobretudo as menores. Assentos nas primeiras fileiras ou próximos às divisórias oferecem mais espaço para as pernas e podem ser mais silenciosos, mas também podem ser mais frios devido à proximidade com as saídas de ar. Já os do corredor facilitam o acesso ao banheiro.
“É recomendável verificar as configurações dos assentos no site da companhia aérea para garantir que atendam às necessidades da família”, recomenda Suzana. É importante lembrar que assentos em saídas de emergência não são permitidos para famílias com crianças, devido a normas de segurança.
A maioria das companhias aéreas permite o transporte gratuito de um carrinho de bebê ou uma cadeirinha por criança de até 2 anos. Esses itens podem ser utilizados até a porta da aeronave, onde são recolhidos e devolvidos no desembarque.
Para minimizar desconfortos causados pela pressurização, como dores de ouvido, incentive as crianças a mastigar ou beber líquidos durante a decolagem e aterrissagem. Manter o nariz hidratado com soro fisiológico também é benéfico. “Pequenas medidas podem fazer a diferença no bem-estar dos pequenos durante o voo”, destaca Suzana.
Contratar um seguro viagem que inclua cobertura para crianças é fundamental, especialmente em viagens internacionais, garantindo assistência médica em caso de emergências.
“Um bom seguro traz tranquilidade e segurança para a família, para lidar com imprevistos e emergências de forma rápida e eficiente”, afirma a turismóloga. Por fim, é importante que as famílias estejam cientes das facilidades oferecidas por muitas companhias aéreas para quem viaja com crianças.
Alguns exemplos incluem embarque prioritário, refeições infantis e kits de entretenimento para os pequenos. “Esses benefícios tornam a viagem mais confortável e ajudam a minimizar os desafios de voar com crianças”. Além disso, contar com o apoio de um profissional ou empresa especializada pode fazer toda a diferença na hora de planejar a viagem.
“O planejamento personalizado garante que cada etapa seja pensada conforme as necessidades da família”, conclui Suzana.
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