Urologista alerta ser imprescindível conscientizar a população masculina sobre a própria saúde
Redação Publicado em 21/09/2023, às 06h00
Celebrado anualmente em 22 de setembro, o Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens tem como objetivo informar sobre a importância do acompanhamento médico durante essa fase da vida. Segundo o especialista em urologia oncológica Dr. Elizeu B. Neto, a data também serve como um alerta para os meninos sobre a necessidade de cuidados e informações a respeito da sua saúde genital e reprodutiva.
Um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que o número de garotos de 12 a 18 anos que frequentam regularmente um urologista é até 18 vezes menor que o atendimento realizado por ginecologistas em meninas da mesma faixa etária. “O cuidado profissional visa garantir maior atenção ao próprio corpo para que haja mais qualidade de vida, tanto do desenvolvimento físico quanto psicossocial”, diz Dr. Elizeu.
O especialista explica que enquanto as meninas se mantêm mais conectadas com sua própria saúde durante toda a vida, os meninos, desde cedo, são atraídos por uma errônea ideia social de que homens não precisam se atentar à própria saúde. “Esse limbo de assistência médica faz com que os jovens sejam prejudicados, levando até mesmo a falta de conhecimento dos sintomas que podem sinalizar que algo não está funcionando como deveria”.
Dr. Elizeu também comenta que aproximar os garotos dos cuidados urológicos ajuda a esclarecer questões a respeito da vacinação contra o HPV. “O imunizante é o melhor meio de prevenção contra variados tipos do vírus, tanto os que podem causar uma infecção sexualmente transmissível, quanto aqueles que podem progredir para um câncer mais agressivo. A vacina HPV quadrivalente é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos”.
Diante desse cenário, Dr. Elizeu recomenda que homens de todas as idades frequentem centros de saúde regularmente. “Não apenas o urologista, mas também demais especialistas que possam avaliar periodicamente o quadro geral de saúde. A cultura de que a população masculina deve ir ao médico apenas quando já estiver apresentando sintomas de alguma doença é altamente prejudicial e precisa ser constantemente combatida”.
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