O urologista Dr. Elizeu Neto explica maneiras de reverter a disfunção e a importância do acompanhamento profissional
Redação Publicado em 30/05/2023, às 06h00
Realizado há alguns anos nos EUA, o Estudo de Envelhecimento Masculino de Massachusetts se tornou, desde então, uma das principais bases para diversas pesquisas sobre o tema. Segundo a publicação, cerca de 40% dos homens possuem problemas de ereção após os 40 anos, número que salta para 67% a partir dos 70 anos. O urologista Dr. Elizeu Neto explica que, embora a idade seja um fator que conhecidamente contribui para a disfunção erétil, o quadro pode atingir homens de todas as idades, especialmente quando envolver questões emocionais.
“O desempenho sexual do homem pode ser afetado por aspectos orgânicos, psíquicos ou hormonais. Assim, quando se tratar de fatores psicológicos, as crises de ansiedade costumam ser as causas mais comuns, pois ocorre um aumento da produção hormonal das catecolaminas (adrenalinas), que são hormônios antagônicos à ereção. Ou seja, quando acontece algum tipo de pressão emocional, independentemente do motivo, a disfunção erétil se torna uma consequência”, explica o especialista.
Em paralelo, Dr. Elizeu destaca ainda as doenças caracterizadas como depressoras, que também deixam os homens com um desempenho sexual reduzido, principalmente por resultar na diminuição ou falta de libido. “O mais importante nesses casos é entender que a disfunção erétil pode acontecer durante crises de ansiedade ou em situações que o homem se sinta pressionado pela parceira/o, ocasionando uma ereção incompleta, que muitas vezes não permite o ato sexual”.
Já no que diz respeito às causas orgânicas, o urologista exalta as enfermidades que provocam disfunções hormonais, como no caso da hipertensão arterial e do diabetes melitos. “Condições que causam um grave comprometimento tanto da inervação responsável pela ereção, quanto da microvascularização que leva sangue para o pênis, promovendo assim uma ereção insatisfatória”.
Diante desse cenário, Dr. Elizeu recomenda ser imprescindível o acompanhamento com um especialista. “Os tratamentos costumam ser multimodais, ou seja, após a realização de exames e caso seja descartada qualquer causa orgânica, o próximo passo é tratar das possíveis razões psíquicas para a disfunção, a fim de melhorar a autoestima e oscilações emocionais do paciente”.
Além disso, o ideal é que sempre haja uma intervenção terapêutica junto a quaisquer medicamentos que também possam ser utilizados, tanto para o controle de doenças adjacentes, quanto para estimular a ereção. Caso os problemas sejam exclusivamente hormonais, pode haver ainda a reposição desses hormônios.