Campanha tem o objetivo de evitar fake news sobre pediatria
Redação Publicado em 01/04/2023, às 06h00
Na era dos aplicativos de comunicação instantânea, quem nunca recebeu uma mensagem falsa sobre os prejuízos da vacina para saúde ou uma receita caseira para cura do câncer? Com a pandemia causada pela covid-19, o termo “fake news” ganhou o mundo e as pessoas perderam, e muito.
A expressão “fake news” significa informação falsa que é transmitida ou publicada como notícia e na área da saúde, profissionais e pacientes têm sofrido as consequências na medida em que as fake news estão mudando o comportamento da população.
A disseminação de informações falsas causam reais prejuízos à saúde, pois doenças extintas ou quase extintas no Brasil como a poliomielite e o sarampo podem voltar a aparecer em decorrência da não vacinação das crianças”, alerta a Dra. Daniella Bomfim, infectologista e Diretora Técnica do Sabará Hospital Infantil.
Pensando na importância de informar pais e responsáveis sobre a saúde das crianças, o Sabará Hospital infantil aproveita o tão famoso Dia da Mentira, celebrado em 1º de abril e lança a campanha “Sabará contra as fake news na pediatria”. Ao longo de todo o mês, especialistas da Instituição esclarecem as principais dúvidas sobre doenças respiratórias, vacinação, alimentação, amamentação, entre outras.
"Fake. Essa foi uma das notícias falsas mais republicadas nos últimos anos. Por causa disso, milhares de crianças estão deixando de se vacinar contra doenças que já estavam controladas no Brasil como o sarampo ou a paralisia infantil. “Vacinem suas crianças! A vacinação é a maneira mais efetiva de reduzir doenças graves que podem provocar mortes ou sequelas graves”, afirma o gerente médico e infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira Junior.
Comer e entrar na água pode levar a criança à morte
“Fake. Não é o entrar na água que causa qualquer tipo de problema de digestão e sim os exercícios e as brincadeiras que ocorrem dentro da piscina. O organismo precisa de um tempo para realizar a digestão. Sendo assim, se entrar numa piscina e ficar quietinha, a criança não terá problema. Agora se ela entrar na água, pular, nadar ou sair correndo, após se alimentar pode sim ter complicações”, explica a Dra. Caroline Peev, coordenadora do Pronto- Socorro do Sabará Hospital Infantil.
Depois de um tempo o leite materno fica fraco e precisa ser complementado com fórmulas
“Fake. Desde que a mãe tenha uma alimentação saudável e balanceada, o leite materno se adapta a todas as necessidades que o bebê precisa. Mesmo com as crianças internadas na UTI aqui no Sabará, nós procuramos incentivar as mães a amamentarem seus filhos para melhor recuperação do bebê ”, explica Denise Madureira, coordenadora do Serviço de Fonoaudiologia do Sabará Hospital Infantil.
Beijo no rosto e nas mãos do bebê podem ser dados sem nenhuma problema
“Fake. Os beijos em bebês podem transmitir vírus e bactérias através do toque pele a pele e/ou pela inalação de partículas contaminadas (gotículas ou aerossóis). Esses agentes podem causar uma série de doenças, como gripes, resfriados, amigdalites, mononucleose infecciosa, pneumonias, entre outras. Quanto menor a criança, maior o risco de infecção, pois, nessa fase, ainda não receberam todas as vacinas necessárias para protegê-los e, na maioria das vezes, não se expuseram a esses agentes previamente, o que os torna susceptíveis”, afirma a infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dra. Juliana Framil.
Chás e sucos podem ser adoçados e fornecidos para crianças de qualquer idade
“Fake. O excesso de açúcar não é indicado em qualquer idade, mas ele é ainda mais nocivo em crianças abaixo dos dois anos. A inserção desse ingrediente pode causar cáries precocemente nas crianças, além de contribuir para o surgimento da obesidade infantil. O ideal é prorrogar ao máximo a introdução do açúcar na dieta infantil, usando apenas os açúcares “bons” como os encontrados nas frutas”, diz a nutricionista do Sabará Hospital Infantil, Fernanda Rabelo.
O Sabará Hospital Infantil, localizado na cidade de São Paulo, é referência no atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos. É o primeiro Hospital exclusivamente pediátrico a conquistar pela quarta vez consecutiva a acreditação pela Joint Comission International (JCI), um selo que assegura sua qualidade assistencial.