Ginecologista e obstetra Dra. Tatiana Provasi Marchesi comenta as formas de tratamento do câncer de mama e destaca a importância da mamografia
Redação Publicado em 06/10/2022, às 06h00
Celebrado anualmente, o Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle e prevenção do câncer de mama. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o diagnóstico precoce da doença garante aproximadamente 95% de chance de cura. Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Tatiana Provasi Marchesi, existem diversos fatores que podem desencadear o problema.
Não há uma causa única para o câncer de mama. A doença pode se desenvolver entre as mulheres devido a questões de envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva ou histórico familiar da neoplasia. O consumo de álcool, excesso de peso, falta de atividades físicas e exposição à radiação também podem contribuir”, explica a especialista.
O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Ainda segundo o INCA, no Brasil, são mais de 60 mil casos da neoplasia todos os anos, com risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres – em 2021, foram 18.032 mortes, sendo 207 homens e 17.825 mulheres.
Entre os principais sintomas que podem indicar a presença da doença estão os caroços (nódulos), geralmente endurecidos, fixos e indolores; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); saída espontânea de líquido de um dos mamilos; ou ainda, o aparecimento de pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas.
Provasi destaca a mamografia como o principal meio de rastreamento contra o câncer de mama. “Um exame que deve ser feito anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos de idade, com periodicidade anual. O objetivo desse diagnóstico por imagem é avaliar o tecido mamário. O método, seja ele digital ou convencional, é composto por no mínimo quatro radiografias, sendo duas de cada mama.”
Dessa forma, a especialista também aponta que a mamografia não apenas favorece a detecção e um diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura, mas também proporciona a realização do tratamento clínico e cirúrgico na fase inicial da doença, o que permite uma abordagem menos agressiva e mutiladora.