Ginecologista explica que as alternativas de contraceptivos se dividem entre medicamentos, procedimentos e dispositivos
Redação Publicado em 28/07/2023, às 14h00
Desde a invenção da primeira pílula contraceptiva em 1960 nos Estados Unidos, a indústria tem buscado cada vez mais novos métodos de adiar ou evitar a gestação. Segundo a ginecologista Dra. Meiry Faria Marques Zaiat, é de extrema importância e necessidade de que a população tenha acesso a essas alternativas, contudo, as diferentes possibilidades ainda geram muitas dúvidas entre qual opção escolher.
“Atualmente, é fundamental que toda mulher em idade reprodutiva, ou seja, que já menstruou, e iniciou ou irá iniciar sua vida sexual, tenha direito a escolher, de forma consciente, o método contraceptivo que desejar. Dessa forma, todas precisam ter as informações necessárias sobre como funcionam os medicamentos, procedimentos e dispositivos a serem considerados”, diz Dra. Meiry.
Entre os contraceptivos não hormonais, Zaiat destaca os preservativos masculinos e femininos como os mais populares, além de únicos capazes de prevenir as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HIV/Aids e hepatites virais B e C, por exemplo. “Outras opções disponíveis são o DIU de cobre ou cobre com prata, espermicida, esponja contraceptiva, capuz cervical e diafragma”.
Já no que diz respeito aos tratamentos contraceptivos hormonais, Dra. Meiry comenta que, embora sejam contraceptivos, as alterações que eles podem promover nos ciclos menstruais, podem inclusive ser interessantes para tratar desconfortos relacionados a menstruação, como fluxo intenso, TPM (tensão pré-menstrual) e cólicas. “Nesse grupo, constam as pílulas anticoncepcionais, os DIUs hormonais (Mirena ou Kyleena), injeções mensais e trimestrais, anel vaginal, adesivo contraceptivo e o implante hormonal (Implanon)”.
Diante desse cenário, a especialista orienta que, com exceção das camisinhas, todas as pacientes devem consultar uma ginecologista antes de escolher quaisquer métodos contraceptivos, a fim de encontrar a opção que melhor se encaixe dentro dos seus desejos e necessidades e excluindo possíveis contraindicações. “Assim, com a devida orientação médica, as mulheres podem se sentir mais livres e confiantes para exercer suas escolhas, planejar sua vida pessoal e profissional e vivenciar sua sexualidade.”