O cirurgião Dr. Diogo Balestra explica como a cirurgia bariátrica é um tratamento eficiente contra os casos mais graves de pessoa obesa
Redação Publicado em 20/04/2023, às 06h00
Dados do Atlas da Federação Mundial da Obesidade, publicados pela ONG World Obesity Federation, mostram que até 2035, 41% da população adulta no Brasil deve ter obesidade. Essa proporção é maior que a média mundial, que prevê 30% desse público tendo que enfrentar a condição. Segundo o cirurgião Dr. Diogo Balestra, existem diversas formas de lidar com a doença, sendo a cirurgia bariátrica uma opção contra os casos mais graves.
“Nas situações em que o IMC (Índice de Massa Corporal) estiver superior a 40, ou nos quadros superiores a 35, mas com presença de doenças atribuídas a obesidade, a bariátrica costuma se tornar a única maneira efetiva da pessoa perder peso. A intervenção, porém, não deve ser vista como imposição para um padrão estético, mas sim como um meio de garantir mais qualidade de vida”, diz o especialista.
O estudo também mostra que o número de adultos obesos deve avançar cerca de 3% ao ano, até chegar a 41% da faixa etária em 2035. No entanto, o crescimento será consideravelmente mais acelerado entre as crianças – de 4,4% a cada 12 meses, até chegar a 27%. Balestra destaca que para a realização de cirurgias bariátricas em pacientes fora da faixa de 18 a 65 anos é preciso que ocorra uma avaliação ainda mais criteriosa.
“O que demanda que os pais e responsáveis se mantenham atentos a dieta e hábitos de saúde das crianças e adolescentes. As pessoas mais velhas costumam ser um espelho para a população mais jovem, portanto, se alimentar de maneira saudável, praticar exercícios regularmente e evitar comportamentos nocivos como o tabagismo e o consumo de álcool podem ser imprescindíveis no combate à obesidade”, comenta Dr. Diogo.
O Atlas posiciona o Brasil na 67ª posição no ranking de países mais preparados para lidar com o aumento da obesidade. “Ou seja, o ideal é agir de forma precoce a fim de evitar aumentos significativos na prevalência da condição nos próximos anos, pois embora os quadros mais graves possam ser remediados com a cirurgia bariátrica, essa opção deve sempre ficar restrita aqueles em que as demais alternativas para emagrecer não tenham causado efeitos satisfatórios”, ressalta Balestra.