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Conjuntivite em crianças: o que é, como se transmite e o que fazer

A conjuntivite é uma inflamação ocular comum, especialmente em crianças. Conheça os sintomas e como tratá-la corretamente

Redação Publicado em 25/06/2025, às 06h00

Há vários tipos de conjuntivite - pexels
Há vários tipos de conjuntivite - pexels

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre o branco dos olhos e o interior das pálpebras. De acordo com o oftalmologista Dr. Marcelo Taveira, membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) e da International Society of Refractive Surgery, o quadro é bastante comum, especialmente entre crianças em idade escolar, onde o contato próximo favorece a contaminação.

O que é a conjuntivite e quais os sintomas?

“Trata-se de uma inflamação que pode ser causada por vírus, bactérias, alergias ou até por irritação devido a produtos químicos”, explica o especialista. “Os sintomas clássicos incluem olhos vermelhos, coceira, sensação de areia, secreção e inchaço das pálpebras. No caso das virais ou bacterianas, também pode haver a formação de crostas ao redor dos olhos, especialmente ao acordar.”

A conjuntivite é contagiosa?

Sim, especialmente as causadas por vírus ou bactérias. O contágio pode ocorrer por contato direto com secreções, por meio das mãos, toalhas, brinquedos ou superfícies contaminadas. “Ambientes com aglomeração de crianças, como escolas, são locais com maior risco de transmissão”, alerta o Dr. Marcelo.

Por isso, é fundamental que pais fiquem atentos a sinais nos filhos e comuniquem imediatamente a escola ao menor sintoma. “O ideal é que a criança fique afastada temporariamente do convívio escolar até a melhora do quadro, para evitar surtos”, orienta o especialista.

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Como é feito o tratamento?

O tratamento depende da causa da inflamação. Nas conjuntivites virais, o organismo geralmente resolve o quadro sozinho em até 10 dias, com alívio dos sintomas por meio de compressas frias e uso de lubrificantes oculares. “Já nas bacterianas, muitas vezes é necessário o uso de colírios antibióticos prescritos por um oftalmologista. Em casos alérgicos, o controle da exposição ao agente alérgeno e uso de antialérgicos são as principais medidas”, explica o médico.

É importante evitar automedicação e buscar orientação profissional. Além disso, medidas simples como lavar as mãos com frequência, evitar coçar os olhos e não compartilhar toalhas ou fronhas ajudam a prevenir a disseminação da infecção.

Quando procurar o médico?

Se a criança apresentar vermelhidão ocular, secreção persistente, coceira ou dor, deve ser levada ao oftalmologista. “Em crianças pequenas, qualquer sinal de infecção ocular deve ser avaliado o quanto antes, já que o desconforto pode interferir no sono, apetite e até no comportamento”, finaliza Dr. Marcelo Taveira.