Mariana Kotscho
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O que falta para melhorar a educação financeira das crianças e adolescentes em casa?

Veja 5 dicas que podem te ajudar a ensinar educação financeira para as crianças

Redação Publicado em 05/08/2022, às 15h01

A educação financeira deve começar na infância
A educação financeira deve começar na infância

Não é novidade que o Brasil é um país de desigualdades financeiras. Segundo dados da Serasa Experian, a inadimplência bateu novo recorde no país: em abril, mais de 66 milhões de brasileiros estavam com o nome negativado, o maior número desde 2016, sendo que mais de 2 milhões de brasileiros se tornaram inadimplentes em 2022.

Gabriel Roizner, CEO e cofundador da Mozper, fintech que ajuda pais, mães e responsáveis a educar crianças e adolescentes para tomar decisões financeiras inteligentes e responsáveis, entende que uma das causas do aumento de endividamento se deve ao fato da educação financeira ainda ser deficiente no Brasil.

Nosso objetivo é justamente resolver isso. Queremos promover educação financeira, na prática, para crianças, adolescentes e ser o sistema operacional financeiro da família brasileira", afirma.

Pensando nisso, Roizner compartilha cinco dicas para melhorar a educação financeira de crianças e adolescentes em casa. "É importante que, desde cedo, as crianças comecem a colocar em prática hábitos que ajudam a lidar com dinheiro e ter tranquilidade no futuro."

1. Análise de ganhos e gastos

O primeiro passo é colocar tudo no papel ou aplicativo. Oriente as crianças e adolescentes a perceberem o quanto ganham e gastam em um determinado período. Assim, ao observar o quanto de dinheiro entra e o quanto sai com a mesada ou semanada, eles conseguirão ter uma melhor compreensão das finanças pessoais, facilitando a gestão delas. Perguntas como “A mesada/semana dura até o final?” e “Com o que eu gasto mais?” podem ajudá-los nesse exercício de reflexão.

2. Hábitos de consumo

Ajude-os a analisar os hábitos de consumo. Estão gastando demais em coisas supérfluas? Então, está na hora de explicar a diferença entre desejo e necessidade e a priorizar compras de itens que eles realmente precisam. Dessa maneira, a tendência é que eles diminuam as compras por impulso. "Incentive a reflexão sobre a real necessidade de cada gasto ou compra, e a se perguntar, antes de comprar, se podem esperar e fazer a compra depois. Mostre que o problema não é gastar, mas gastar sem propósito."

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3. Planejamento e definição de metas

Mostre como definir objetivos de curto, médio e longo prazo. Comprar um videogame ou viajar com os amigos? Peça para que eles coloquem no papel o que eles desejam para o futuro, seja daqui a um mês ou um ano. É importante lembrá-los de serem realistas ao montar um cronograma e estabelecer o tempo e o valor necessário para cada meta. Com base nos sonhos e objetivos, é possível estabelecer metas realistas para chegar lá.

4. Hábito de poupar

É extremamente importante conversar sobre poupança. Quanto mais cedo eles aprenderem e se acostumarem a poupar, melhor. Na vida adulta, a poupança se tornará um hábito e não um sacrifício. Aqui vale ensinar a regra de ouro da poupança e a ordem certa de como lidar com dinheiro: ganhar, poupar, e com o que restar, gastar.
Uma dica valiosa para começar é atrelar a poupança a uma meta realista e relativamente fácil de ser atingida. Assim, fica mais fácil que eles se empolguem e poupem com disciplina. Afinal, pequenas conquistas podem gerar grandes aprendizados.

5. Tecnologia ao seu favor

Estamos na era da tecnologia e vivemos constantemente conectados, então, porque não aproveitar? Aplicativos e plataformas online são grandes aliados para os pais com rotina corrida. Sem mencionar que o planejamento e controle financeiros ficam muito mais fáceis e práticos quando não precisamos anotar tudo manualmente.