A técnica que alivia os sintomas da neuralgia do trigêmeo será apresentada em um Congresso Mundial de Budapeste essa semana
Redação Publicado em 17/09/2022, às 06h00
Falar, escovar os dentes ou simplesmente mastigar. Ações cotidianas tão comuns para a maioria das pessoas, que significam momentos de extremo desespero para quem sofre de neuralgia do trigêmeo, uma das causas mais comuns de dores na face.
A disfunção é caracterizada por pontadas repentinas e choques abruptos pelo rosto, a região mais dolorida é definida de acordo com a terminação nervosa afetada. Na maioria dos casos, um dos lados da face costuma ser mais atingido do que o outro.
A neuralgia do trigêmeo surge, na maior parte dos casos, pela redução da bainha de mielina, o que aproxima o nervo de outras estruturas, como as artérias. Também chamada de síndrome do trigêmeo, esse tipo de neuralgia acomete com maior frequência, pessoas com mais idade, pela perda natural dessa capa de proteção nervosa, que por consequência, promove uma pressão na artéria que acaba em dor intensa.
Essa neuropatia atinge cerca de 2,5 a cada 100 mil pessoas por ano. Nos Estados Unidos é chamada de doença do suicídio, isso porque uma elevada parcela da população que sofre da neuralgia do trigêmeo tira a própria vida por não conseguir conviver com os episódios constantes de dores agudas”, explica Dr. André Mansano, PhD no assunto.
O tratamento inicial é baseado em medicamentos anticonvulsionantes, como carbamazepina, oxcarbamaz
Agora, uma equipe de médicos liderada por Dr. André Mansano já tem a resposta que pode proporcionar uma melhora exponencial na qualidade de vida de milhares de pessoas do mundo inteiro. Uma técnica totalmente brasileira, recentemente publicada pela revista científica da Academia Americana de Medicina da Dor, promete o fim das dores crônicas e severas sentidas por quem tem a neuralgia do trigêmeo.
Trata-se da implantação de um eletrodo, conhecido como estimulador do gânglio da raiz dorsal. O dispositivo chegou ao Brasil no ano passado, mas até então tinha outra finalidade e nunca havia sido testado com este objetivo. “A técnica consiste na colocação do eletrodo ao lado do nervo trigêmeo e em seguida, a conexão dele a uma espécie de marcapasso, que fica debaixo da pele do paciente e envia estímulos elétricos inibidores do processo doloroso”, detalha Dr. Mansano.
A inovação médica foi testada em uma paciente que já havia passado por múltiplos procedimentos cirúrgicos no nervo trigêmeo, mas permanecia com dores de altíssima intensidade. Com a implantação do eletrodo seguindo a técnica brasileira, a paciente relatou melhoras significativa
A descoberta será apresentada no Congresso do Instituto Mundial de Dor, que acontece esta semana em Budapeste e coloca o Brasil como referência na literatura médica.
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