Escarlatina, uma doença que requer atenção redobrada!

Especialista alerta sobre a gravidade dessa doença e recomenda que pais e mães fiquem atentos aos sinais

Redação* Publicado em 14/02/2024, às 06h00

Entenda sobre a escarlatina -

A escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa que costuma ocorrer em crianças menores de 10 anos - e tem a dor de garganta como sintoma mais clássico. Dados oficiais apontam que no Brasil e em vários outros países houve aumento significativo no número de ocorrências em 2023 - o que reforça a necessidade de ficarmos atentos em relação a possíveis sintomas.

De acordo com a Dra. Cristiane Adami, médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especializada em patologias, pais e mães precisam redobrar a atenção com a criançada neste momento.

"Especialmente na faixa etária entre 5 e 15 anos, é importante ter atenção a certos aspectos, como dor ao engolir, presença de pus na garganta, aumento dos gânglios nessa região, febre e desconforto. Esses podem ser indicativos iniciais de infecção por estreptococos beta-hemolítico do grupo A, que é o agente causador da escarlatina. Em princípio, esse tipo de doença se caracteriza justamente pela inflamação da faringe e amígdala", destaca.

 

Veja também

Quando em estágio mais avançado, a médica explica que o quadro clínico da doença também se notabiliza por alterações na pele, com aparecimento de manchas de tom rosado e textura de lixa, além de mudança no tom da cor da língua, que fica mais avermelhada e com as papilas ampliadas.

"O ideal é que os pais se antecipem a isso, tendo em vista que a infecção por estreptococos tem potencial de danos bem maiores quando não tratadas, inclusive levando pacientes a óbito. É um tipo de bactéria bastante nociva e que está presente em qualquer ambiente", observa a especialista, que reforça a importância da avaliação clínica tão logo os sintomas sejam identificados.

"Geralmente, de início, os pais ignoram as queixas das crianças por pensarem se tratar de algo comum, que pode ser facilmente tratado em casa. Só depois que o caso evolui é que procuram ajuda profissional", reitera.

Diferencial importante

Um diferencial importante que, segundo a Dra. Cristiane, é válido os pais observarem é se há presença coriza, tosse e congestão nasal, associada à dor de garganta. Caso afirmativo, essas características, em tese, afastam a possibilidade de diagnóstico de escarlatina.

"Trata-se de um bom sinal, pois, geralmente, os estreptococos ficam restritos à garganta e não apresentam reações típicas de resfriado. É uma infecção mais associada à dor de garganta, aumento dos gânglios, febre, desconforto grande, dor no corpo e cabeça”, enfatiza a especialista.

Pelo sim pelo não, a recomendação é investigar o quanto antes, principalmente neste momento de aumento no número de casos. "O ideal é não postergar o encaminhamento ao médico. Até porque, se confirmada a infecção por estreptococos, é necessário iniciar de imediato tratamento à base de antibióticos - o que só pode ser feito por meio de prescrição médica", finaliza.

Saúde tratamento doença criança infecção escarlatina

Leia mais

Vai curtir o carnaval? Saiba quais cuidados tomar para evitar infecções respiratórias


Influenza: entenda as diferenças entre as vacinas tri e tetravalentes para a gripe


Cuidados com as crianças no verão: entenda como prevenir problemas no ouvido


Diabetes e problemas de próstata na terceira idade aumentam os riscos de infecção urinária e disfunção erétil


"Covid longa" provoca variedade de sintomas até meses depois da infecção pela doença