Entenda um pouco mais sobre a doença de parkinson com a especialista Adriana Libório
Redação Publicado em 12/09/2024, às 06h00
A Doença de Parkinson é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma condição cerebral que causa distúrbios de movimento, mentais e do sono, dor e outros problemas de saúde.
Trata-se de uma doença neurodegenerativa que afeta a capacidade do cérebro de produzir dopamina (uma substância química que ajuda a controlar os movimentos).
De acordo com as estimativas globais da OMS, de 2019, mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com Parkinson. A maioria dos pacientes são de meia idade a idosos, embora também possa ocorrer em pessoas mais jovens.
Segundo a especialista no assunto, Adriana Libório, neurocirurgiã, a doença de Parkinson é caracterizada pela degeneração progressiva das células nervosas, resultando em uma diminuição da produção de dopamina. Isso se reflete em sintomas como tremores, rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural.
“Um diagnóstico preciso é de suma importância para iniciar a intervenção adequada. Minha abordagem inclui uma avaliação minuciosa dos sintomas, exames neurológicos específicos para confirmar a presença da doença”, explica.
Medicamentos e terapias podem ser eficazes na gestão inicial dos sintomas, proporcionando alívio. No entanto, à medida que a doença progride, o tratamento cirúrgico pode ser considerado para melhorar a qualidade de vida do paciente. O acompanhamento conjunto com o neurologista e o neurocirurgião é super importante para os cuidados da doença.
A Cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda é uma opção valiosa para pacientes com Parkinson. Nesse procedimento, eletrodos são implantados em áreas específicas do cérebro, entregando impulsos elétricos para modular a atividade neural e reduzir os sintomas motores.
A decisão pela cirurgia é baseada em uma cuidadosa avaliação do paciente, considerando fatores como a gravidade dos sintomas, resposta aos medicamentos, tempo de doença e saúde geral.
Um acompanhamento pós-operatório abrangente para otimizar a adaptação do paciente à terapia de DBS, com programações da neuromodulação e ajustando conforme necessário para assegurar os melhores resultados a longo prazo”, relata Adriana Libório
A Doença de Parkinson é desafiadora e não tem cura, mas o tratamento cirúrgico especializado, como a Estimulação Cerebral Profunda, oferece esperança e melhora significativa dos sintomas e da qualidade de vida.
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