Nefrologista explica a importância do transplante: um novo rim pode ser primordial para a vida de portadores de doença renal crônica
Redação Publicado em 27/09/2023, às 06h00
Dados do SNT (Sistema Nacional de Transplantes) do Ministério da Saúde mostram que o Brasil conta com aproximadamente 60 mil pessoas na fila de espera para transplante de órgãos. Diante desse cenário, o nefrologista Henrique Carrascossi reforça a importância do Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado anualmente em 27 de setembro.
“Embora tenha havido mais discussões sobre o tema nos últimos tempos devido a casos famosos como o do Faustão, ainda se trata de um assunto polêmico e muitas vezes de difícil entendimento por algumas pessoas. No caso da doença renal crônica em estágios avançados, por exemplo, pode ser imprescindível um transplante de rim, pois do contrário a vida do paciente estará em risco”, explica Dr. Henrique.
Ainda de acordo com o SNT, atualmente, as maiores filas de transplante são: a dos rins, que soma mais de 37 mil pessoas; em seguida, aparecem os transplantes de córnea, com 25 mil pedidos; e de fígado, com aproximadamente 2 mil solicitações.
Dr. Henrique explica que qualquer pessoa, desde que acima de 18 anos, pode ser doadora. “Portanto, é essencial que haja conversas com a família sobre a decisão, mesmo que a informação esteja registada em documento oficial, pois após o falecimento, os familiares sempre serão os responsáveis por autorizar o transplante dos órgãos”.
O nefrologista ressalta ainda que embora órgãos como coração, pulmão, fígado e intestino só possam ser doados após a morte de um indivíduo, existem também algumas possibilidades de doação enquanto em vida: parte do fígado, parte dos pulmões, parte da medula e até mesmo um dos rins estão entre as opções.
Desde que maior de idade e juridicamente capaz, qualquer pessoa pode doar órgãos aos seus familiares. Já os não aparentados necessitam de autorização judicial prévia. “Lembrando que o médico também irá avaliar o histórico clínico e as doenças associadas de cada paciente, além de sempre checar a compatibilidade sanguínea e demais aspectos que apontem para um transplante com maior chance de sucesso”, explica o nefrologista.
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