O pneumologista Dr. Flávio Arbex orienta sobre as melhores formas de se manter uma boa eficiência pulmonar
Redação Publicado em 25/09/2022, às 15h00
Celebrado anualmente em 25 de setembro, o Dia Mundial do Pulmão tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o combate das doenças que afetam a boa saúde pulmonar. Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, a asma, o tabagismo, a poluição do ar, e as doenças virais e infecciosas são os principais fatores a afetarem os órgãos.
Dentre as condições em questão, a asma é a doença mais prevalente, e trata-se de uma inflamação crônica dos pulmões que causa inchaço e estreitamento das vias aéreas, além do aumento da produção de muco, o que dificulta a respiração e leva ao surgimento de sintomas como falta de ar, tosse, chiado ou sensação de pressão ou aperto no peito.
“Mais comum na infância, a asma afeta cerca de 14% das crianças no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e um total de 334 milhões de pessoas no total. As principais causas são a exposição a ambientes com muita poeira ou fumaça, alergias respiratórias ou alimentares, mudanças climáticas, sinusite crônica, uso de remédios anti-inflamatórios não esteróides, dentre outras”, diz Arberx.
Já no caso do tabagismo, principal responsável pelo câncer de pulmão, que mata cerca de 1,7 milhão de pessoas ao ano, o cigarro também ocasiona um aumento de doenças respiratórias não apenas nos fumantes, mas também em pessoas expostas de forma indireta à fumaça do tabaco, os chamados fumantes passivos.
No que diz respeito à poluição do ar, dados do Fórum Internacional de Sociedades Respiratórias (FIRS) apontam que 4,2 milhões de pessoas vão a óbito anualmente por exposição à poluição atmosférica externa, enquanto 3,8 milhões morrem por exposição à fumaça de fogões à lenha, gás e poeira dentro de casa. “Estima-se que 91% da população mundial vive em áreas onde a qualidade do ar é inferior ao limite determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).”
Entre algumas das outras principais doenças a atingirem os pulmões, Arbex ressalta a tuberculose, pneumonia e demais infecções do trato respiratório inferior. “Além da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que é, inclusive, a terceira principal causa de morte no mundo, ficando atrás das isquemias do coração e do acidente vascular cerebral (AVC).”
Grande parte das doenças respiratórias é prevenível pela melhoria da qualidade do ar, portanto, a solução de problemas como fumaça do tabaco e poluição interna e externa, além de micróbios, partículas tóxicas e alérgenos presentes no ambiente já são aspectos que melhoram consideravelmente a saúde dos pulmões.
“Desencorajar os jovens de começar a fumar e encorajar os fumantes a parar também são medidas imprescindíveis para a prevenção da DPOC. Outro ponto de alerta em relação a esse público é que asmáticos que fumam têm declínio acelerado da função pulmonar em relação aos não fumantes”, comenta Arbex.
Diante desse amplo cenário, parar de fumar, combater a poluição do ar e se prevenir da exposição a agentes tóxicos são formas de preservar a boa saúde dos pulmões, além de evitar o desenvolvimento de doenças. “Lembrando ainda que a vacinação contra pneumonia, gripe e covid-19 também é uma forma indispensável de prevenção contra estes problemas, pois salva vidas ao evitar que as enfermidades se desenvolvam de forma mais grave.”
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