O otorrino e cirurgião cérvico facial Dr. Fabricio Pandini alerta para as consequências da apneia durante o sono
Redação Publicado em 18/04/2023, às 06h00
Conforme adormece, o corpo humano passa por diversas alterações, com a respiração, pressão arterial e temperatura corporal transitando por diversas fases. A tensão dos músculos também diminui significativamente durante o estado REM, considerada a fase mais profunda do sono. Porém, o otorrino e cirurgião cérvico facial Dr. Fabricio Pandini alerta para os riscos à saúde caso os músculos da garganta relaxem demais.
Esse tipo de efeito resulta na chamada apneia obstrutiva do sono, condição em que o suprimento de ar é interrompido continuamente, fazendo com que a respiração seja excessivamente superficial ou até mesmo sofra uma parada completa por alguns segundos ou minutos. Na possibilidade de acontecer centenas de vezes por noite, a apneia provoca queda nos níveis de oxigênio no sangue, sempre com danos graves”, explica o especialista.
Segundo Pandini, é comum que essas pessoas apresentem roncos e não consigam ter um sono restaurador, o que pode causar: dificuldades de concentração; diminuição da memória; menor rendimento nos estudos ou trabalho; sonolência durante o dia; dores de cabeça; irritabilidade; e considerável redução da libido. “Com o coração bombeando sangue mais rápido para compensar a falta de oxigênio, a apneia também eleva as chances de doenças cardiovasculares, hipertensão e derrame.”
No que diz respeito aos fatores de risco, Dr. Fabrício comenta que embora algumas condições possam indicar a presença da doença – como obesidade, tabagismo, uso de determinados medicamentos, alterações na amigdala ou mandíbula – ela não se manifesta até que a pessoa adormeça, portanto, a única maneira de diagnosticar corretamente a situação é monitorando o sono do paciente.
Já os tratamentos dos quadros de apneia podem ser iniciados através de pequenas alterações no estilo de vida, como mudanças na alimentação, prática de exercícios e interrupção do hábito de fumar. “Porém, cada pessoa pode apresentar a doença por um motivo ou uma soma de fatores diferentes, o que requer atendimento com um especialista capacitado a fim de determinar o que realmente tem causado o problema”, orienta Dr. Fabrício.
Em casos mais graves, também podem ser necessárias outras formas de tratamento, como uso de aparelhos de oxigênio, dispositivos intraorais e, em alguns episódios mais raros, até mesmo intervenções cirúrgicas que modifiquem algumas estruturas do rosto para corrigir o problema e facilitar a passagem de ar.
“Lembrando que na maioria das vezes, a apneia do sono tem cura, especialmente em quadros que possuem tratamentos específicos para os aspectos responsáveis pelo surgimento da condição. O mais importante é sempre buscar ajuda médica ao notar quaisquer alterações que perturbem o sono, pois quando negligenciada, a apneia pode, inclusive, ser fatal”, alerta Dr. Fabrício.
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