278 milhões de pessoas sofrem com zumbido no ouvido

Especialista explica sintomas e cuidados sobre o que pode levar ao problema no ouvido

Redação Publicado em 12/06/2024, às 06h00

O zumbido no ouvido atrapalha na realização de atividades -

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 278 milhões de pessoas em todo o mundo sofre com zumbido no ouvido. O incômodo é a ausência constante de silêncio, por um som persistente que pode ser associada à barulhos como apito, chiado, cigarra, grilo, abelha, cachoeira, reator de luz, panela de pressão, escape de ar, etc.

A fonoaudióloga especialista em audição e zumbido, Camila Quintino, explica que  além de causar insônia, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão, cerca de 40% de quem sofre com o zumbido ainda convive com outro problema: a tontura.

Para ela, não há relação de causa e efeito entre o zumbido e a tontura, mas a presença de ambos no mesmo paciente tem ainda mais poder para prejudicar a qualidade de vida.

“Quando um paciente tem zumbido e tontura, significa que a causa é mais agressiva e está afetando dois órgãos que são vizinhos dentro do ouvido interno: a cóclea (órgão da audição) e o labirinto (órgão do equilíbrio)”, explica a fonoaudióloga.

A cóclea (ou caracol) é uma estrutura do ouvido que é responsável pela nossa audição e o labirinto cuida do equilíbrio.

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“Se essas estruturas são afetadas individualmente ou separadamente, aparecem  sintomas como tonturas, desequilíbrio, surdez ou zumbido”, relata Camila.

Os problemas metabólicos estão relacionados ao jejum prolongado, abuso de cafeína e doces. Já as doenças sistêmicas que causam zumbido e tontura são a hipertensão, diabetes ou pré-diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipotireoidismo, menopausa e andropausa.

“Fatores psicológicos como a ansiedade e a depressão, além dos posturais, envolvendo pescoço e articulação temporomandibular, também podem influenciar o ouvido e causar os mesmos sintomas”, explica.

O zumbido atrapalha principalmente à noite, devido ao silêncio, mas também pode incomodar durante o dia, pois tira a concentração para a leitura ou trabalho, limita a vida social e muda o equilíbrio emocional da pessoa.

“A tontura dificulta realizar as atividades corriqueiras como locomover-se, arrumar a casa, dirigir, dentre outros. Além de todo desconforto, o paciente com ambos os sintomas sente muito mais medo e insegurança de exercer sua vida normal por não saber quando terá uma crise de tontura a próxima vez”, finaliza Camila.

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