Ex-alunos lançam projeto para criar a primeira unidade do United World College no Brasil

Rede de colégios internacionais, sem fins lucrativos, pretende abrir unidade na Amazônia

Redação Publicado em 19/07/2023, às 12h00

Rede United World Colleges foi fundada em 1962 - Foto: Divulgação

Uma educação com foco em aproximar jovens de todas as origens, provenientes de 160 países, por meio de um senso compartilhado de humanidade, para que se engajem a promover transformações sociais a partir de atitudes e projetos concretos e corajosos, do exemplo pessoal e da liderança altruísta. 

Pode parecer utopia, mas este projeto existe e já possui 18 colégios espalhados pelo mundo, empenhados nessa missão. Trata-se da rede UWC (United World Colleges), com programa de ensino com padrão internacional, fundada em 1962, e que continua em plena expansão. A última escola aberta foi no continente africano, na Tanzânia, em 2019 e agora, o comitê nacional da UWC Brasil, formado por ex-estudantes da organização, trabalha para levantar fundos para a construção da primeira unidade do movimento na América do Sul. “Somos o único continente, além da Oceania, sem uma unidade do UWC. O local escolhido para ser a sede não poderia ser mais propício: a região Amazônica, com acesso rodoviário a Manaus, mas no coração da floresta”, explica Carlos Tellez, presidente da associação UWC do Brasil, que representa os esforços para criar o UWC Brasil. 

 

 

Veja também

 

 

Batizado de UWC Amazônia Brasil, o colégio será construído em local ainda não divulgado pelo comitê nacional da UWC Brasil, mas integrado à floresta e comunidades locais, em área de preservação do bioma da região. “Estar na Amazônia é fornecer ao mundo uma rica troca de experiências culturais e, sobretudo, dar visibilidade ao lugar que é crucial para a sustentabilidade do planeta”, argumenta Theotonio Monteiro de Barros, ex-aluno da UWC.

É da associação UWC do Brasil a responsabilidade de identificar investidores para o financiamento das obras de construção da nova unidade.  No país, o UWC ganhou força na década de 1970, quando a unidade Canadá foi aberta e um padre canadense – Lionel Corbeil, fundador do Colégio Santa Cruz, em São Paulo -, foi convidado para visitar o lugar e, depois, mandar alguns de seus alunos para as escolas. Conforme os primeiros estudantes retornavam ao Brasil, formou-se o comitê nacional para levar cada vez mais brasileiros para estudar nos colégios da rede. 

Desde então, mais de 300 brasileiros já estudaram nas escolas da UWC no mundo. “Agora, chegou a vez de trazermos estudantes de diversas partes do mundo para uma experiência na região amazônica”, vibra Inês Kavamura, a primeira brasileira aluna do colégio de Essuatíni, como é hoje denominada a antiga Suazilândia, no sul da África, e hoje integrante do comitê nacional da UWC Brasil.

Nos últimos anos, aproximadamente 3 mil jovens brasileiros têm se inscrito para a seleção de novos alunos, dos 27 estados da federação, sendo contemplados cerca de 10 alunos anualmente, em processo desenvolvido pelo próprio comitê nacional e com a possibilidade de auxílio financeiro aos selecionados, quando se verifica a necessidade após a sua seleção.

escola brasil projeto Amazônia UWC unidade

Leia mais

"Meninas que escrevem” reúne 17 escritoras adolescentes sobre múltiplas experiências femininas


Buscas por "racismo estrutural'' no Google aumentam mais de 1.400% em três anos


PROA abre 13 mil vagas de cursos profissionalizantes gratuitos para estudantes de escola pública do estado de São Paulo


Como identificar transtornos de aprendizagem em crianças e adolescentes?


Meu filho precisa mudar de escola, e agora?