A pressão nas mulheres brasileiras que são cobradas para serem uma espécie de mulher maravilha
Redação Publicado em 21/01/2025, às 06h00
A busca pela perfeição imposta às mulheres, especialmente no Brasil, vai além do físico, abrangendo também a maternidade idealizada e uma vida profissional impecável. Dados recentes apontam que 83% (oitenta e três por cento) das mulheres sentem que as redes sociais afetam negativamente sua autoestima e aumentam a pressão por se adequarem a padrões estéticos e sociais irreais.
O impacto desta cobrança toda reflete em problemas de saúde mental como ansiedade, depressão e insatisfação corporal, influenciando decisões sobre cirurgias e procedimentos estéticos — 90% (noventa por cento) das mulheres expostas às mídias digitais afirmam que essas plataformas intensificam o desejo por mudanças no corpo.
A psicóloga Leticia de Oliveira alerta para o perigo de se buscar aprovação social por meio da aparência. "As redes sociais criam uma realidade paralela onde o corpo e a vida das pessoas parecem perfeitos, mas isso está muito longe da verdade. Muitas mulheres sentem-se insuficientes, tentando se encaixar em um padrão inatingível", ressalta.
Além disso, o "ideal da mãe perfeita", que deve equilibrar carreira, família e ainda manter uma aparência jovial, adiciona mais um nível de pressão. "Esse estereótipo sufoca as mulheres, que frequentemente sentem culpa por não atenderem a essas expectativas. Precisamos falar mais sobre autocuidado emocional e desconstruir esses padrões que aprisionam tantas mulheres", conclui a psicóloga Leticia de Oliveira.
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