Mariana Kotscho
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Casos de meningite meningocócica disparam no Rio

A meningite meningocócica pode matar. Pediatra alerta para os perigos da doença e destaca a importância da imunização de adolescentes

Redação Publicado em 22/11/2024, às 06h00

É fundamental vacinar crianças e adolescentes
É fundamental vacinar crianças e adolescentes

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro emitiu um alerta nesta semana para reforçar a importância da vacinação contra a meningite meningocócica em adolescentes de 11 a 14 anos e pessoas em grupos de risco elevado, como imunossuprimidos. A medida vem em resposta ao crescimento preocupante de casos no estado: até o dia 4 de novembro, foram confirmados 12 casos e duas mortes pela doença neste ano — o dobro do total registrado entre 2017 e 2020. No ano passado, nenhum caso havia sido notificado, o que intensifica a urgência da imunização para controlar novos surtos.

A meningite meningocócica é uma infecção grave das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal e pode ser causada por uma bactéria chamada Neisseria meningitidis. A doença pode evoluir rapidamente e, em casos graves, levar a óbito em poucas horas. Segundo a pediatra Dra. Betina Costa, “a meningite meningocócica é uma doença altamente contagiosa, especialmente em ambientes fechados, onde o contato próximo facilita a transmissão da bactéria.” Ela ressalta a importância da vacinação como uma das maneiras mais eficazes de prevenir surtos. "A vacina é uma ferramenta fundamental para proteger não só o indivíduo, mas também toda a comunidade ao reduzir a circulação da bactéria," explica a médica.

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O aumento de casos na faixa etária de adolescentes reflete uma necessidade de ampliação na cobertura vacinal desse grupo, que costuma ter uma mobilidade social mais intensa e frequenta locais de alta interação, como escolas e eventos esportivos. Além disso, pessoas imunossuprimidas apresentam maior risco de complicações graves, reforçando a necessidade de atenção e vacinação para esses grupos.
A recomendação da Secretaria é que pais e responsáveis verifiquem a situação vacinal de seus filhos, buscando a imunização nos postos de saúde.