Mariana Kotscho
Busca
» TECNOLOGIA

Bem-estar digital: 5 dicas para uma relação saudável entre crianças e tecnologia

Conheça alguns dos caminhos para conduzir os jovens rumo a uma vida balanceada com a internet, promovendo o bem-estar digital

Redação* Publicado em 04/09/2024, às 06h00

Equilibrar tecnologia e vida offline é crucial para o bem-estar digital das crianças, garantindo um uso saudável e criativo da internet.
Equilibrar tecnologia e vida offline é crucial para o bem-estar digital das crianças, garantindo um uso saudável e criativo da internet.

Divulgada no final de 2023, a pesquisa PNAD/TIC, do IBGE, apontou que 85% das crianças brasileiras tinham acesso à internet em 2022. Já o percentual de crianças entre 10 a 13 anos que tinham celular alcançou 54,8%, um aumento de 3,4 pontos em relação à 2021.

A tendência é que esse uso aumente, e para isso, pais e responsáveis devem estar preparados para conduzir e ensinar os jovens a navegar nesse universo tecnológico com sabedoria, segurança e limitando o possível surgimento de excessos. “Existem algumas estratégias e soluções que familiares e educadores podem seguir para trazer propósito e bem-estar no relacionamento dos pequenos com a tecnologia. Jogos que instiguem o aprendizado, equilíbrio entre brincadeiras online e offline, limites no tempo de uso da internet e cursos sobre tecnologia são algumas das diversas alternativas”, comenta Henrique Nóbrega, diretor fundador da Ctrl+Play, franquia de tecnologia e inovação.

Veja também

Pensando nisso, o especialista aponta 5 maneiras de tornar a vida online mais vantajosa para as crianças. Confira: Estabelecendo rotinasFundamental no dia a dia das crianças, impor horários para cada tarefa é uma forma de exercitar a organização, e com a tecnologia não deve ser diferente.

Ao limitar o acesso a videogames e celulares a poucas horas do dia, elas aprendem que há um tempo adequado – e saudável – para se passar em frente às telas. Também é uma maneira de ensiná-las que os dispositivos eletrônicos são apenas uma das inúmeras formas de se divertir, equilibrando a rotina entre o mundo offline e online.

Consumindo conteúdos informativosFamiliares e educadores devem garantir que o conteúdo consumido na internet seja proveitoso e agregue conhecimento. Sejam músicas, desenhos, jogos, filmes ou séries, ter o controle sobre o que está sendo absorvido pelos pequenos é importante para seu desenvolvimento, segurança e, claro, para que sua relação com a tecnologia seja construída por meio de algo divertido e lúdico. Jogando em equipeExercitar o trabalho em equipe é essencial para estimular a cooperatividade, o foco e o diálogo. Uma opção para tornar a vida online mais benéfica para as crianças é estimular brincadeiras e jogos que precisam ser realizados em conjunto, seja com irmãos, amigos ou responsáveis.

Dessa forma, o uso da tecnologia se torna recreativo e também um momento para criar relações, pois promove o companheirismo, a proximidade com a família, a paciência para respeitar o tempo do outro e a comunicação social dos pequenos. Incentivando a criatividadeA internet e a tecnologia não servem apenas para um uso passivo; pelo contrário, ajudam no desenvolvimento ativo, sendo a criatividade dos jovens uma das principais habilidades aperfeiçoadas.

Familiares e educadores podem instruir atividades que atiçam a imaginação e criação de ideias. Por exemplo, podem propor projetos de audiovisual para gravar e editar vídeos e áudios, criar animações, fazer desenhos online e outras brincadeiras que encorajem o senso de propósito e a singularidade de cada criança. Aprendendo em aulas de programaçãoA programação é a linguagem do futuro. Muitos jovens, e até mesmo adultos, não conhecem ou não sabem como são criados a maioria dos jogos, sites, aplicativos, ferramentas e programas que consomem.

Ao inserir crianças em aulas de programação, por exemplo, elas passam a construir suas próprias plataformas e, assim, exercitam a autonomia, a inovação, o protagonismo e até mesmo habilidades que podem ajudar no seu futuro profissional. Sobretudo, entendem que podem ser criadores de tecnologia e não apenas consumidores, transformando sua visão sobre esse universo e criando uma relação mais saudável com ele.