Uma vez mãe, sempre mãe

A mamãe Rita de Cássia faz um relato emocionante sobre a experiência de ser mãe da Helena e da Júlia para sempre

Rita Fernandes* Publicado em 08/08/2022, às 13h00 - Atualizado em 12/10/2022, às 06h00

Helena, mamãe e papai - Foto: arquivo pessoal Rita Fernandes
MÃE
Aquela que gerou, deu à luz e criou um ou mais filhos.
Aquela que é capaz de criar, ainda que não tenha relação biológica.
Aquela que desempenha, socialmente, o papel de mãe e de pai.
Aquela que de uma hora para outra vê seu filho partindo (nascido ou não), seus sonhos descontruídos, seu colo vazio, mas o coração cheio de saudades.
 
O processo da maternidade inicia-se antes da concepção. Fazemos planos e temos um compromisso com o nosso filho e com o futuro dele a partir do momento em que descobrimos a gestação e de repente a gente se vê em uma situação inimaginável para qualquer ser humano, mas que acontece com milhares de mães e até que a gente se acostume com o que não é possível acostumar, precisamos que nos olhem com o olhar do coração. 
 
O sofrimento pela perda do filho não está relacionado ao tempo de gestação ou de vida do bebê, da criança ou ainda que ele seja adulto, mas sim ao significado que o filho tem para a mãe.
 
É importante entender que a dor da perda de um filho está relacionada com tudo aquilo que foi pensado e planejado para viver junto ao filho e que não será possível de concretizar.
 
Independentemente do tempo em que nossos filhos estiveram conosco e se temos outros filhos ou não, precisamos nesse dia das mães  (e em todos os outros) apenas sermos compreendidas e respeitadas, nunca julgadas.
Em datas comemorativas o luto fica mais agudo e isso é normal. Precisamos nos preparar para esse tipo de data e sinalizar se queremos ficar sozinhas ou se precisamos de apoio e companhia.
 
No Dia das Mães não será diferente, irei me reconectar com Helena na presença da Julia.
 
Precisamos também estabelecer esse compromisso com os filhos que ficaram aqui, eles ainda precisam de nós. 
 

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Sim, sou mãe da Julia e mãe da Helena sim senhor!!! Até porque, uma vez mãe, SEMPRE MÃE!!!
 
Todos os dias me conecto com a Helena pelo coração, pelas lembranças boas que tenho dela e por tudo que ela representou, representa e representará eternamente, até porque Helena é eterna.
 
A Helena se faz presente na minha vida diariamente.
Essa foi a forma que encontrei para continuar aqui.
A partida da Helena NÃO INVALIDA a minha maternidade...
 
Helena sempre será minha filha.
Um céu nos separa, mas um coração repleto de AMOR nos une.
Pedi Helena para Deus, assim como pedi Julia.
E assim será por toda a minha vida .
MINHAS FILHAS VIVEM EM MIM
 
 
*Rita Fernandes – Mãe da Julia e da eterna Helena (@nossahelenabailarina)
 
 
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