O amor pode transformar o mundo e precisa de estrutura para continuar fazendo isso pelas pessoas LGBTQIA+: campanha do grupo mães pela diversidade
Redação Publicado em 24/11/2025, às 06h00
As Mães pela Diversidade lançaram, em 17 de novembro de 2025, a campanha "Amor que move o Brasil", uma iniciativa de doação recorrente voltada à sustentabilidade das ações de acolhimento, esclarecimento e sensibilização promovidas pela organização.
Há mais de uma década, as Mães pela Diversidade transformam afeto em ação. O movimento nasceu de mães que decidiram enfrentar a discriminação e o silêncio em torno da diversidade sexual e de gênero de seus filhes, criando grupos de apoio para outras famílias de pessoas LGBTQIA+. O objetivo: ampliar o entendimento e o reconhecimento, reduzir conflitos familiares e prevenir agressões contra crianças e adolescentes.
A rejeição familiar tem consequências graves: segundo pesquisa de 2015 da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) da Prefeitura de São Paulo, entre 5,3% e 8,9% da população em situação de rua na capital é LGBTQIA+. Entre jovens de 18 a 25 anos, 63% relatam rejeição familiar após assumirem sua orientação sexual, e apenas 59% revelam sua identidade para a família — evidenciando o medo da exclusão.
Hoje, além de acolher mães, pais e responsáveis, os voluntários da OSC atuam em 23 estados na defesa dos direitos humanos e na divulgação de cartilhas e conteúdos digitais para esclarecer dúvidas sobre diversidade de gênero e orientação afetiva.
Agora, o desafio é garantir a continuidade desse trabalho. A meta da campanha é alcançar R$ 2 mil em doações mensais até janeiro de 2026, valor necessário para fortalecer os encontros de apoio às famílias e ampliar as atividades de sensibilização em empresas, escolas, espaços públicos e órgãos de saúde e segurança.
Segundo Regiani Abreu, presidente da Mães pela Diversidade, são essas ações que ampliam a consciência sobre diversidade e direitos humanos. "Em vez de darmos opinião sobre diversidade afetiva e de identidade, preferimos simplesmente contar nossas histórias de vida. Não há melhor maneira de sensibilizar as pessoas e transformar a sociedade."
Com contribuições a partir de R$ 20 mensais, qualquer um pode integrar essa corrente de amor e resistência. As doações são feitas via plataforma Catarse, onde apoiadores e apoiadoras escolhem o valor de contribuição mensal e, em troca, recebem recompensas simbólicas que celebram o pertencimento à causa.
Entre as recompensas estão o broche "O Amor nos Move", o minicurso "Como contar sua história em público" e a palestra "Como entender seus filhos".
"Mais do que uma campanha de captação, 'Amor que move o Brasil' é um movimento de fortalecimento da causa. Toda transformação social exige investimento, estrutura e permanência. O amor também precisa ser sustentado", reforça Brenda Fucuta, diretora financeira da organização.
A campanha ficará ativa até 17 de dezembro de 2025, com postagens, newsletters e conteúdos especiais ao longo do período. O link de doação, porém, continuará aberto após essa data para que novas pessoas possam se somar à rede.
Para apoiar a Mães pela Diversidade e contribuir com a continuidade do trabalho, acesse: catarse.me/maespeladiversidade
A Associação Mães pela Diversidade é uma Organização da Sociedade Civil que reúne mães, pais e responsáveis de crianças, adolescentes e adultos LGBTQIA+. Nasceu como coletivo em 2014, criado por mães preocupadas com a violência e o preconceito contra suas filhas, filhes e filhos lésbicas, gays, bissexuais, trans, travestis, intersexo, assexuais e mais.
Desde sua criação, atuando apenas com trabalho voluntário e em rede, a Associação já atendeu mais de 4,9 mil famílias e beneficiou diretamente 15 mil pessoas.
Para saber mais sobre a Mães pela Diversidade, acesse: maespeladiversidade.org.br e @maespeladiversidade no Instagram e Facebook.
Quer incentivar este jornalismo sério e independente? Você pode patrocinar uma coluna ou o site como um todo. Entre em contato com o site clicando aqui.
Fertilização In Vitro para Casais Homoafetivos: Informações importantes com Dr. Paulo Gallo
Fertilização in vitro: Saiba mais sobre tratamento que será feito por Ludmilla e Brunna Gonçalves
Possibilidades de Fertilização In Vitro para casais homoafetivos femininos
Pessoas LGBTQIA+ e Pessoas com Deficiência: superando barreiras sociais para a plena inclusão
Orgulho LGBTQIA+: como as cirurgias plásticas ajudam pacientes transgêneros