Os 5 M’s da geriatria: como deve ser o atendimento ao idoso

A geriatra Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex explica como deve ser uma comunicação mais assertiva entre profissionais, pacientes e parentes do idoso

Redação Publicado em 20/10/2022, às 06h00

Idosos e idosas devem ser respeitados e cuidados -

Conhecido como o Mês do Idoso, outubro tem o objetivo de conscientizar a população acerca da importância dos direitos e cuidados necessários com esta parcela da sociedade. A geriatra especialista em cuidados paliativos Dra. Maria Carolyna Fonseca Batista Arbex comenta sobre os 5 M’s da geriatria, conceito criado pela médica americana Mary Tinetti.

Trata-se de cinco aspectos essenciais que devem ser abordados por todo especialista em geriatria durante o tratamento a um paciente idoso. Com a utilização desta técnica é possível uma comunicação mais acessível durante a avaliação dos especialistas com os pacientes e seus familiares”, explica Dra. Maria Carolyna.

 

O primeiro “M” significa Mind (Mente), que denota os aspectos relacionados à depressão, demência, transtornos cognitivos, e ao delírio, estado confusional agudo, tão característico de alguns idosos. Já o segundo “M” significa Medication (Medicação), que confere atenção à necessidade de alguns pacientes utilizarem várias medicações simultaneamente e aos efeitos colaterais desses medicamentos.

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Mobility (Mobilidade) é o terceiro “M”, que abrange as ocorrências de quedas dos idosos, além de distúrbios no equilíbrio, da marcha e dificuldades para locomoção. O quarto “M” é a multicomplexidade, já que estes pacientes comumente possuem várias doenças ao mesmo tempo, como hipertensão, diabetes, problemas de artrose, demência, depressão, entre outros.

“Matter Most (o que mais importa) é o quinto M e se refere à ideia de tentar acessar quais os principais desejos e objetivos relacionados a saúde que um indivíduo, já na parte final de sua vida, tanto quer”, destaca a geriatra.

Embora este seja um conceito amplo e muito eficiente no atendimento ao idoso, a Dra. Maria Carolyna ressalta que diversos outros aspectos ainda podem ser considerados no momento de conhecer um paciente e identificar as suas necessidades. Cada indivíduo possui suas particularidades e diagnósticos próprios, portanto, precisam ser avaliados de forma específica e individualizada.

“Auxiliar esta parcela da população a envelhecer bem e com saúde demanda estudo, paciência e muito trabalho, mas precisa ser feito de forma cuidadosa e sempre com muito amor”, complementa a Dra. Maria Carolyna.

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