Implantes hormonais ganham espaço como aliada da saúde da mulher

Implantes hormonais podem contribuir para melhoria do bem estar geral, mas não devem ser vistos como solução estética ou de conveniência

Redação Publicado em 13/11/2025, às 06h00

Os implantes hormonais representam uma forma de tratamento mais prática e de longa duração - Foto: Canva Pro

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Os implantes hormonais têm conquistado cada vez mais destaque no Brasil como alternativa para tratamento de desequilíbrios hormonais femininos, oferecendo benefícios que vão além da contracepção. De acordo com especialistas, esses dispositivos que liberam gradualmente hormônios no organismo podem contribuir para melhoria de sintomas da menopausa, da saúde óssea e do bem‑estar geral.

O ginecologista Dr. Francisco Barcelos aponta que, para muitas mulheres, os implantes representam uma forma de tratamento mais prática e de longa duração: “Os implantes liberam o hormônio de forma constante, o que reduz a necessidade de administração diária e permite estabilização hormonal por meses. Isso traz alívio mais duradouro dos sintomas, melhora da disposição, qualidade do sono e até proteção óssea”, afirma o especialista. Ele lembra que tais dispositivos podem liberar estradiol, testosterona ou progestínicos, dependendo da indicação clínica, e são usados tanto na menopausa quanto em casos de deficiência hormonal feminina.

Entre os benefícios atribuídos aos implantes hormonais estão a melhora da libido, o aumento da massa magra, a redução de gordura corporal e o combate à perda óssea, especialmente relevantes para mulheres após a menopausa. Dr. Barcelos ressalta, no entanto, que nenhum implante deve ser visto como solução estética ou de conveniência; a indicação precisa ser médica, personalizada e com acompanhamento periódico. A mulher não entra apenas com ‘chip da beleza’, mas com tratamento que exige avaliação de riscos, benefícios e monitoramento.

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A técnica de inserção requer que o paciente passe por exames hormonais, avaliação clínica e que não existam contraindicações como histórico de trombose, câncer hormônio‑dependente ou doenças cardiovasculares não controladas. Estudos recentes lembram que, apesar dos ganhos, ainda há lacunas nas evidências sobre os efeitos a longo prazo, especialmente em uso para fins não clínicos.

Dr. Barcelos chama atenção para o fato de que os implantes são particularmente vantajosos para mulheres que têm dificuldades com métodos convencionais ou que desejam tratamento contínuo: “É uma abordagem que pode melhorar significativamente a qualidade de vida, menos fogachos, menos insônia, mais vitalidade, mas requer responsabilidade. O acompanhamento médico deve incluir exames de sangue periódicos, monitoramento de pressão, perfil lipídico e estado ósseo.”

Ou seja, enquanto os implantes hormonais se consolidam como uma alternativa importante no arsenal da saúde da mulher, seu uso consciente, indicado e supervisionado representa o diferencial entre resultado benéfico e risco evitável. Como conclui o ginecologista: “Quando bem indicados, os implantes hormonais ajudam a mulher a viver com mais equilíbrio, mas não fazem milagres e exigem acompanhamento sério.”

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