Brasil: a crise silenciosa de saúde mental e suas urgências
Redação* Publicado em 27/06/2024, às 06h00
Uma pesquisa realizada pela plataforma Neurotech Sapien Labs mostrou que o Brasil tem a quarta pior taxa de saúde mental do planeta. O país recebeu a nota 53, de um total de 110, ficando na frente apenas da África do Sul (50), Reino Unido (49) e Uzbequistão (48).
O ranking The Mental State of the World mapeia a qualidade da saúde mental ao redor do globo, e ao todo são 71 países analisados pela pesquisa. Segundo o levantamento, os brasileiros estão entre os que mais relatam sentir estresse e dificuldades com a parte mental de sua saúde. Ao todo, 34% das pessoas no país relatam esses sintomas.
Segundo a psicóloga comportamental, Letícia de Oliveira, esse resultado demonstra uma triste realidade, a população está enfrentando uma crise na saúde mental. "Estamos falando do estado interior do indivíduo e da forma de se relacionar e conectar com as pessoas. Refere-se à maneira como o emocional está impactando a vida cotidiana do ser humano", explica a especialista.
Letícia ressalta que somos uma das populações que mais apresenta queixas direcionadas por estresse, transtornos e questões psíquicas. Ela conta que a depressão ganha em disparada nos tipos de diagnósticos e a incidência cresce em mulheres jovens de 18 a 39 anos. No entanto, este não é motivo para negligenciar o aumento de casos de problemas de saúde mental em crianças. Inclusive, também já se registra a elevação do uso medicamentos controlados, especialmente ansiolíticos, por parte dessa população mais nova.
“É essencial promover uma melhor qualidade de vida para o ser humano, considerando que ele é um ser único, com suas particularidades. Precisamos estimular essas pessoas para procurarem ajuda médica, psicológica, incentivar atividade física e procurar fazer alguma atividade que goste”.
Letícia ressalta que o apoio da família e amigos, ajuda profissional e remédios são ingredientes de suma importância para o fortalecimento dos propósitos de uma saúde mental equilibrada e saudável. "Precisamos entender e não deixar de lado esse assunto, muitas pessoas sofrem e precisam de ajuda. Com tanta informação precisamos de união para termos uma população mais leve e equilibrada”, finaliza.
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