A ginecologista e obstetra Dra. Carolina Souza explica como funciona a complexidade para quem enfrenta problemas de concepção
Redação Publicado em 08/09/2023, às 06h00
Um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que cerca de 17,5% da população adulta – em torno de 1 em cada 6 pessoas em todo o mundo – sofre de infertilidade. Dessa forma, a reprodução assistida tem se mostrado um avanço significativo na área da medicina nos últimos anos, proporcionando esperança e oportunidades para casais que enfrentam dificuldades de concepção.
Segundo a ginecologista e obstetra Dra. Carolina Souza, os tratamentos oferecidos nas clínicas de reprodução humana são divididos em alta e baixa complexidade, mas todos são constituídos dos mais variados processos. “Antigamente, existia apenas a fertilização in vitro, considerada muito complexa, com o encontro do óvulo com o espermatozoide sendo feito em laboratório. Hoje, a inseminação intrauterina, um método mais simples, permite que o sêmen seja colocado na cavidade uterina no momento da ovulação”.
Souza também destaca a possibilidade de preservar a fertilidade através do processo de congelamento de óvulos. “Nesse procedimento, os gametas femininos são coletados e armazenados em um botijão de nitrogênio, podendo ser utilizados, a qualquer momento, pela própria mulher. Outra opção é congelar o sêmen e os embriões. Todos os materiais podem ainda serem doados ou descartados”.
Dessa forma, Dra. Carolina também ressalta que embora a tecnologia continue se modernizando, os corpos humanos seguem com o seu envelhecimento natural, o que torna o processo de reprodução assistida uma ferramenta valiosa para que as pessoas tentem engravidar ou possam decidir quando e como desejam ter seus filhos. “Os procedimentos também podem desempenhar um papel crucial em auxiliar casais homoafetivos a realizar o sonho de formar uma família”.
A ginecologista e obstetra orienta que todos que desejarem iniciar um tratamento de reprodução assistida, procurem um especialista a fim de entenderem quais intervenções melhor atendem aos seus anseios. “O mais importante é entender que, independentemente de alta ou baixa complexidade, a realização dos procedimentos, desde que respeitadas as devidas contraindicações para cada paciente, proporciona novas possibilidades de alcançar a tão sonhada concepção”.
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