Educação que transforma: projeto de impacto social da EJA conquista o 1º lugar em prêmio nacional

Criatividade, empatia e impacto social marcaram o projeto premiado da professora Poliana Genovali Seleio Lirussi com seus alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos). A iniciativa conquistou o primeiro lugar no Prêmio EGG com a criação de jogos adaptados e inclusivos, doados para crianças da APAE de Franco da Rocha. O trabalho emocionou, mobilizou a comunidade e provou que a educação inclusiva pode – e deve – começar dentro da escola. Nesta entrevista, Poliana compartilha os bastidores da ação, os desafios enfrentados e a emoção de ver seu trabalho e de seus alunos reconhecidos.

Qual foi a iniciativa premiada?

Criação de jogos adaptados, inclusivos e dinâmicos pelos alunos da EJA, que foram doados para as crianças da APAE de Franco da Rocha.

Por que vocês decidiram fazer esse projeto?

O projeto surgiu porque eu leciono duas matérias para a mesma turma: Arte e Design de Inclusão. Queria encerrar o bimestre com um trabalho que unisse as duas áreas. Levei aos alunos a ideia de criarmos algo que realmente fosse usado por pessoas com deficiência. Pensamos em várias coisas e decidimos por jogos adaptados, que ajudassem as crianças da APAE a interagir, brincar e estimular os sentidos. Eles adoraram e abraçaram totalmente a proposta.

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Como esse projeto impactou a comunidade ao redor da escola?

Foi criado na escola e levado para a APAE, que atende mais de 100 famílias. Esses jogos ajudaram na dinâmica, no bem-estar e no aprendizado das crianças com deficiência, e levaram muita alegria a elas. O impacto foi real no modo de vida dessas crianças.

Você acredita que esse projeto pode ser exemplo para toda a sociedade?

Com certeza. Ele mostra que podemos transformar um gesto pequeno em algo grandioso. Quando criamos pensando no próximo, já estamos fazendo o bem.

E qual foi a reação com os resultados?

Tanto eu quanto os alunos ficamos encantados. A sensação de dever cumprido foi inexplicável.

Como você soube do Prêmio EGG?

Fazendo uma pesquisa na internet. Encontrei o site do prêmio e achei que o projeto da EJA se encaixava perfeitamente. Foi tudo feito com tanto carinho e dedicação que eu queria divulgar e dividir a alegria que sentimos ao realizá-lo.

Qual é a importância de um prêmio como esse?

É enorme! Primeiro, porque reconhece o trabalho do professor. Depois, porque mostra aos alunos que o que eles fazem com dedicação pode ser valorizado. Ensina que ser empático, gentil e solidário sempre será a melhor escolha.

Vocês pretendem continuar com projetos assim?

Com certeza! Mesmo antes do prêmio, já estávamos muito felizes com os resultados. Agora temos ainda mais certeza de que esse tipo de projeto faz toda a diferença.

Quais foram os maiores desafios e os aprendizados?

Sair da zona de conforto. Somos desafiados a pensar em soluções criativas para problemas reais. Ver o impacto do que produzimos na vida de outras pessoas é uma experiência transformadora, tanto para mim quanto para os alunos.

Que recado você dá às escolas que ainda não se inscreveram no prêmio?

Que se inscrevam! O prêmio valoriza o professor, o aluno e a escola como um todo. Participar é um ganho coletivo. Quem já está envolvido em projetos deve buscar essas oportunidades para dar visibilidade ao seu trabalho. Pequenas ações fazem grande diferença.

E para os professores que já fazem trabalhos assim, mas não têm reconhecimento?

Continuem! Não desistam. Acreditem no que fazem. A valorização vem, mesmo que não seja através de um prêmio. Ela começa com quem apoia, colabora e acredita. Continuem transformando vidas!

*Poliana Genovali Seleio Lirussi, brasileira, casada, nascida em 17

de abril de 1.971, natural de Franco da Rocha, SP, mãe de duas filhas, tem

formação em magistério, graduou-se em Artes Plásticas, pela Faculdade de

Belas Artes de São Paulo em1991 e Direito pela Universidade São Francisco de

Bragança Paulista, em 2.000, é pós graduada em Arte Educação ,em Direito

Público e em Direito de Família e das Sucessões, todas pela Universidade

Anhanguera Uniderp. Professora efetiva da rede de Ensino Público Estadual,

como PEB I já está aposentada e como PEBII leciona Arte na EE. Prof.

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