Mulheres no telemarketing: protagonismo e transformação no mercado de trabalho

Com 65% da força de trabalho feminina, o telemarketing se destaca como um setor inclusivo e promissor para a ascensão profissional das mulheres

Luis Crem* Publicado em 23/04/2025, às 06h00

Telemarketing emprega muitas mulheres - pexels

O telemarketing é um dos setores mais dinâmicos e estratégicos da economia brasileira, e as mulheres desempenham um papel fundamental nessa engrenagem. Com 65% da força de trabalho feminina e 71% dos cargos de supervisão ocupados por mulheres, o setor se destaca como um dos mais inclusivos e promissores para a ascensão profissional feminina. No entanto, na sociedade brasileira existe um equilíbrio entre homens e mulheres segundo o Censo IBGE 2022: 51,5% da população são mulheres e 48,5% homens.

Nossa política tem privilegiado a diversidade e a inclusão também na próprio convenção coletiva do setor, que prevê , entre outros benefícios, o reconhecimento da relação homoafetiva do parceiro colaborador e a validação da Lei Maria da Penha para proteção da mulher que sofre abuso.

Além disso, a carga horária de trabalho de 6 horas por dia e o sistema  home office propiciam que a mulher possa cuidar da casa, de seus filhos e ainda evoluir profissionalmente fazendo cursos, especializações e universidade.

 

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No setor de contact center, o protagonismo e o impacto positivo das mulheres fazem do telemarketing um ambiente de inovação, empatia e excelência no atendimento ao cliente. Mais do que números, essas profissionais constroem diariamente relações de confiança e credibilidade, fortalecendo as marcas e garantindo a satisfação dos consumidores.

Um setor de oportunidades e crescimento

O telemarketing tem se consolidado como uma porta de entrada para muitas mulheres no mercado de trabalho. Para diversas profissionais, essa jornada começa como operadora e, com dedicação e competência, se transforma em uma trajetória de crescimento. O setor possibilita que mulheres alcancem independência financeira, aprimorem habilidades e ascendam a cargos estratégicos dentro das empresas.

Além das oportunidades de progressão na carreira, a flexibilidade do setor permite que muitas mulheres conciliem sua vida profissional com as responsabilidades pessoais e familiares, garantindo estabilidade e segurança. Empresas do segmento vêm investindo cada vez mais em políticas de inclusão, criando ambientes de trabalho onde a equidade de gênero é valorizada e promovida.

Os relatos das próprias colaboradoras reforçam esse papel transformador. Mulheres que iniciaram suas carreiras no telemarketing destacam como o setor proporcionou crescimento, aprendizado e reconhecimento. Algumas profissionais relatam que começaram como operadoras e, ao longo dos anos, conquistaram posições de liderança, influenciando positivamente suas equipes. Outras ressaltam como a estabilidade do setor permitiu que conciliassem suas atividades profissionais com sua vida pessoal, garantindo um equilíbrio essencial para o seu bem-estar.

O futuro da inclusão feminina no telemarketing

O setor já é um exemplo de diversidade e inclusão, mas a jornada não termina aqui. Empresas do segmento seguem trabalhando para fortalecer a presença feminina em cargos de alta liderança, impulsionando políticas de desenvolvimento e criando espaços ainda mais equitativos.

O compromisso com a equidade de gênero está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no que diz respeito à igualdade de oportunidades (ODS 5), ao trabalho decente e crescimento econômico (ODS 8) e à redução das desigualdades (ODS 10).

As iniciativas que incentivam a liderança feminina, a valorização do trabalho das mulheres e a criação de políticas inclusivas são fundamentais para consolidar um setor ainda mais forte e inovador.

*Luis Crem é presidente do SINTELMARK- Sindicato Paulista das Empresas de Contact Center

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