Mariana Kotscho
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Agosto Dourado: Campanha da conscientização sobre a importância da amamentação e do aleitamento materno

Pediatra destaca a importância da amamentação e esclarece dúvidas sobre aleitamento

Redação* Publicado em 23/08/2023, às 06h00

O leite materno é muito importante na alimentação infantil - Foto: Wren Meinberg/Unsplash
O leite materno é muito importante na alimentação infantil - Foto: Wren Meinberg/Unsplash

O leite materno é considerado o alimento padrão-ouro para o bebê. Para propagar a importância da amamentação no Brasil e no mundo, o mês de agosto tornou-se um símbolo e foi criado o “Agosto Dourado”. No entanto, amamentar é uma experiência diferente para cada mulher e algumas enfrentam dificuldades. Por isso, a médica Mirela Rozza, pediatra do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, instituição sob gestão do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), esclarece as principais dúvidas sobre o aleitamento materno e destaca sua importância.  

“Amamentar é diferente para cada pessoa, pode ser mais fácil para algumas mães e mais difícil para outras. Depende de vários fatores - físicos, psicológicos e sociais. Pode ser realmente desafiador se não tiver um pré-natal adequado ou se houver dificuldades relativas às mamas, por exemplo, como lesões nos mamilos”, explica a Dra. Mirela Rozza.  

Mesmo diante de eventuais dificuldades, a pediatra ressalta que é importante insistir pois a amamentação tem inúmeros benefícios. “Para a mãe, tem benefícios logo após o parto, diminuindo o risco de sangramento e infecção uterina; tem benefícios na saúde mental, diminuindo o risco de depressão pós-parto, estresse e ansiedade. Outro ponto é que melhora a imagem corporal; também diminui o risco de câncer de mama, ovário e endométrio; além do risco de outras doenças, tais como: endometriose, osteoporose, diabetes, síndrome metabólica, hipertensão e doenças cardiovasculares, artrite reumatoide, Alzheimer e esclerose múltipla”, revela.  

A pediatra explica ainda que algumas ações podem levar à dificuldade de amamentar, como, por exemplo, esfregar esponja ou escova de dentes nos mamilos, o que pode causar lesões e dor. “Os erros de pega e posição são a causa mais frequente de dor na amamentação. A dor e o estresse também podem inibir o reflexo de ejeção do leite, diminuindo sua produção. Além disso, alguns itens não são recomendados, como bicos de silicone, chupetas, mamadeiras e conchas de silicone, que podem causar candidíase mamária, confusão de bicos e prejudicar a amamentação”, revela.  

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Outra queixa frequente das mães é o "pouco leite", mas a médica explica que a maioria das mulheres têm leite suficiente para nutrir o bebê. No entanto, a produção pode cair se houver palpites de que o leite é fraco e que o bebê está "passando fome", pois isso causa estresse, preocupação e insegurança na mãe, diminuindo a produção de leite materno.

O diagnóstico de "pouco leite" ou hipogalactia só pode ser dado por um profissional após uma investigação detalhada e a observação da mamada completa. “Deve-se corrigir a causa da hipogalactia, por exemplo, orientando sobre a pega correta, aumentando a oferta do seio materno, disponibilizando as duas mamas na mesma mamada, melhorando a dieta, a ingestão hídrica da mãe e também aumentando o descanso materno. Em casos especiais, pode-se introduzir medicação para aumentar a produção e/ ou introduzir relactação”, diz a pediatra.  

O leite materno possui múltiplos benefícios para a saúde do bebê, como anticorpos e células de defesa que protegem contra infecções respiratórias, intestinais e alergias. A amamentação também é importante para reduzir a morbidade e a mortalidade infantil, já que diminui o risco de adoecimento da criança e, caso ela fique doente, a gravidade será menor e o risco de morte também.  

“Bebês amamentados têm risco menor de doenças crônicas não-transmissíveis, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, diabetes tipo 1 e 2 e síndrome metabólica, seja na infância, adolescência e na vida adulta. O leite materno também diminui a incidência de cáries e má-oclusão”, completa Rozza. Sobre o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL)  

Sobre o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês:

Fundado em 2008, o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL) nasceu com o propósito de fortalecer a atuação social voluntária da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês na saúde pública do Brasil, tendo como missão levar a excelência administrativa e operacional, já reconhecida no setor privado, às esferas municipais e estaduais do País.