A colaboradora Thaissa Alvarenga comenta sobre a importância de sempre pensar na acessibilidade, promovendo ações cada vez mais inclusivas em nossa sociedade
Thaissa Alvarenga* Publicado em 21/09/2022, às 06h00
Todo evento nasce com um objetivo e um foco. Além disso, eventos servem para
promover uma ideia, conectar pessoas, possibilitar networking. Eventos são
experiências e cada um dos convidados precisa se sentir incluído no momento e no
ambiente.
O maior desafio de um produtor não é fazer a operação funcionar, mas surpreender
e agregar valor na vida de quem viveu aquela experiência. Por isso pensar em
inclusão é tão importante.
Para ser inclusivo, a criação precisa ser inovadora, sair da caixa, do padrão, quebrar
paradigmas, flexibilizar alternativas. Eventos inclusivos olham para o ser humano:
aceitam todos, participam todos, compartilham todos.
Isso para por pensar em acessibilidade física: adequação de todo desenho
geográfico do local, rampas e elevadores para pessoas cadeirantes ou com
problemas com locomoção; iluminação adequada, sinalização acessível.
É também pensar no conteúdo e uso de recursos para deficientes audiovisuais:
intérprete de libras, audiodescrição para pessoas cegas.
É preciso pensar na inclusão da própria equipe: temos colaboradores
representantes de todas as raças, gêneros, idades? Temos deficiência intelectual
entre nossos participantes e organizadores?
A inclusão pode ser ainda referenciada com o pensamento de acolhimento, por
exemplo: termos uma área acessível para as mães que querem amamentar?
Tudo isso torna um evento realmente acessível e inclusivo.
Temos que sair desta experiência refletindo sobre mudança e mindset. Sobre
hábitos de consumo e padrões de comportamento.
Afinal, acessibilidade nasce no olhar, passa pelo acolhimento e não julgamento e,
reside na entrega e no respeito.
Neste ano, tivemos exemplos da importância da acessibilidade em eventos, dado o
exemplo do festival de música Rock In Rio, que deu um show de inclusão. O evento
trouxe à tona a discussão sobre a importância da acessibilidade em eventos,
tornando o espaço inclusivo para todo o público. Contou com um Centro de
Serviços preparado para receber PcDs logo na entrada da Cidade do Rock. Esse
deve ser um exemplo a ser seguido, se tornando cada vez mais comuns nos
deparamos com notícias como essas.
*Thaissa Alvarenga é fundadora da ONG Nosso Olhar, do portal de conteúdo Chico e suas Marias e do canal do youtube Inclua Mundo.
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