Vencendo a prematuridade

Novembro roxo é o mês da prematuridade. Marta Verçosa conta a trajetória de superação com o filho que nasceu pesando apenas 900g

Marta Verçosa* Publicado em 17/11/2024, às 06h00

Marta e Vitor, quando ele nasceu -

Em janeiro de 2021, após dois abortos retidos, descobri que estava grávida pela terceira vez. Fiquei muito feliz, mas receosa com tudo que já havia passado. Devido ao meu histórico, precisei fazer um acompanhamento mais específico desde o início desta gestação.

No dia 15 de junho, em meio à pandemia de COVID-19 e grávida de 26 semanas, contrai o coronavírus e precisei ser internada na UTI Adulto do Hospital e Maternidade Santa Joana. Durante o período que estava entubada sofri uma parada cardíaca e, para minha segurança e do bebê, o parto precisou ser realizado de emergência. Em 1 de julho, Vitor nasceu pesando apenas 900 g e foi imediatamente internado na UTI Neonatal. Foi muito difícil ir para casa e meu bebê não estar comigo, pois só pude conhecer meu filho depois que me recuperei por completo, que foi pouco mais de um mês depois que ele nasceu. Esse dia foi emocionante demais e marcou minha vida. Eu ia todos os dias visitá-lo na UTI Neonatal do Hospital, mas só não podia amamentar com o meu leite materno devido aos medicamentos que precisei tomar na época.

Em outubro de 2021, após três meses na UTI Neonatal e sem precisar passar por nenhuma cirurgia, o dia que mais esperávamos chegou. Vitor recebeu alta e pudemos levá-lo para casa. Quando já estava em casa, Vitinho teve um episódio de melena – sangue nas fezes – e foi diagnosticado com alergia à proteína do leite. A partir desse momento, mudamos o leite que ele tomava e, só assim, começou a melhorar. Hoje ele já é mais tolerante ao consumo de leite e não tem mais nenhuma restrição alimentar.

 

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Todos os dias agradeço muito os cuidados e acolhimento da equipe médica do Hospital e Maternidade Santa Joana, que foi essencial durante esse período desafiador que passei com meu filho. Hoje, com três anos, Vitor leva uma vida normal, saudável e se desenvolve mais a cada dia, seguindo com as consultas de rotina com o pediatra.

Vitor com papai e mamãe

 

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