Ar-condicionado e ventiladores potencializam riscos de doenças respiratórias no verão

​Embora o verão brasileiro tenha como uma de suas principais características o clima chuvoso, o calor intenso consequentemente também leva a uma rápida diminuição da umidade do ar. Com as variações de temperatura, o uso de ar-condicionado e ventiladores se torna mais constante, o que potencializa os riscos de crises de doenças respiratórias pré-existentes durante a estação.

Segundo o pneumologista Dr. Flávio Arbex, trata-se de um período em que é necessária uma atenção redobrada quanto ao uso destes dispositivos e possíveis comportamentos que afetem a saúde do corpo humano. “As altas temperaturas e o choque térmico contribuem para a piora de condições como sinusite, faringite, amigdalite, rinite, bronquite e gripe”, explica o especialista.

Para Arbex, o uso de ventiladores e do ar-condicionado deve ser moderado, pois ambos os dispositivos podem causar o ressecamento das vias aéreas e diminuir as defesas naturais do corpo, já que as mucosas deixam de filtrar agentes infeciosos que acabam entrando no organismo.

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“Situação ainda mais agravante quando não há uma correta higienização do ar-condicionado, pois gera um acúmulo de resíduos no filtro e consequente proliferação de ácaros, fungos, mofo e bactérias no ar. Cenário que aumenta os riscos de problemas respiratórios, especialmente para quem possui asma ou rinite”, alerta o pneumologista.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o índice da umidade relativa do ar (UR) ideal deve ser em torno de 40% e 60%.

Em alguns dias do verão brasileiro, esse índice chega a registrar menos de 15%, o que demanda ainda mais cuidados para evitar complicações respiratórias. “A ingestão de líquidos e a utilização de umidificadores e vaporizadores são válidas, assim como lavar o nariz com soro fisiológico a fim de hidratar as mucosas”, orienta Arbex.