Entenda a leucemia infantil linfoide aguda, o câncer mais comum na infância e suas altas taxas de cura quando diagnosticada precocemente
Dra. Amanda Ibagy* Publicado em 21/07/2025, às 06h00
A leucemia é o tipo de câncer mais comum na infânciabnbbj jk. Entre os diferentes tipos, a leucemia linfoide aguda (LLA) é a forma mais frequente, representando cerca de 80% dos casos. Apesar do susto que o diagnóstico pode causar, é importante saber que as chances de cura são altas, especialmente quando a doença é descoberta precocemente.
A LLA afeta as células brancas do sangue e costuma ter uma evolução rápida. No entanto, seus primeiros sinais muitas vezes são sutis, o que pode dificultar a percepção por parte da família. Em alguns casos, a doença é descoberta apenas em exames de rotina, mesmo sem sintomas evidentes.
Por isso, é essencial ficar atento a manifestações como:
Esses sintomas podem ser confundidos com doenças comuns da infância, mas é justamente essa semelhança que exige atenção redobrada. Diante de qualquer suspeita, buscar avaliação médica é fundamental.
O tratamento da LLA é dividido em três fases: indução, consolidação e manutenção, e pode durar de dois a três anos. A quimioterapia é a base do tratamento, que exige acompanhamento contínuo por uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais da saúde.
Mais do que tratar o câncer em si, é preciso cuidar da criança como um todo. E é aí que entra o papel essencial da família.
O carinho, o afeto, a presença e até mesmo a fé fazem diferença no enfrentamento da leucemia. O apoio emocional dos pais e cuidadores tem impacto direto na adesão ao tratamento e na força que a criança encontra para superar os desafios do dia a dia.
É importante também envolver a criança no processo, respeitando sua idade e seu entendimento. Explicar com amor o que está acontecendo, usar uma linguagem acessível e garantir que ela se sinta segura e cuidada pode diminuir o medo e fortalecer a confiança.
A melhor arma contra a leucemia infantil ainda é o diagnóstico precoce. Exames de rotina e acompanhamento pediátrico regular são indispensáveis para detectar alterações ainda nos estágios iniciais da doença.
Quero deixar um recado para os pais: leucemia infantil não é uma sentença. Com diagnóstico precoce, tratamento adequado e uma rede de apoio sólida, a cura é possível. E mais do que isso: existe esperança, existe futuro.
*Dra. Amanda Ibagy é médica oncopediatra
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