Estudo americano aponta que perda do cromossomo masculino pode levar a problemas do coração e morte prematura de homens

O cardiologista Dr. Yuri Brasil explica os principais aspectos ressaltados no estudo

Redação Publicado em 07/09/2022, às 06h00

A pesquisa também contém informações sobre potenciais formas de tratamento -

Recentemente divulgado na revista “Science”, um estudo liderado por cientistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, trouxe resultados em que se constata que a perda do cromossomo masculino em determinadas células pode ser um dos fatores responsáveis por ocasionar problemas cardíacos e morte prematura nos homens.

Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, isso ocorre, pois enquanto as mulheres têm dois cromossomos X, os homens têm um X e um Y, sendo comum que estes comecem a perder o cromossomo Y em parte de suas células a medida que envelhecem. “Essa perda específica, que pode ocorrer mais rapidamente em fumantes, se viu associada a doenças cardiovasculares e insuficiência cardíaca, de acordo com o estudo.”

Outro fator interessante comentado por Dr. Yuri é que os cientistas responsáveis pelo estudo já tinham conhecimento de que os homens que sofrem com perda do cromossomo Y têm maior probabilidade de morrer mais jovens, além de sofrerem de doenças associadas à idade, como o Alzheimer. “Após os 60 anos, observa-se uma taxa de mortalidade mais alta nos homens, como se eles envelhecessem mais rapidamente que as mulheres.”

 

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A pesquisa, porém, não aponta apenas para descobertas de possíveis diagnósticos, mas também de potenciais tratamentos. Segundo a publicação, direcionar os efeitos da perda do cromossomo Y pode ajudar os homens a viver vidas mais longas e saudáveis.

“Uma solução, ainda em teste, seria o remédio pirfenidona, usado nos tratamentos de fibrose pulmonar idiopática, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.”
Apesar das novidades apresentadas pelo estudo, Dr. Yuri ressalta ainda não haver uma forma fácil de determinar quais homens sofrem perda do cromossomo Y. “Logo, o ideal é que se mantenha um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, atividades físicas regulares e exames de rotina com um médico de confiança, para que ao menor sinal de problema, um tratamento adequado possa ser iniciado.”

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