Escoliose e atividades físicas: é possível manter uma vida ativa?

Entenda como a escoliose pode ser gerenciada com exercícios adequados e quais atividades físicas são mais benéficas para a saúde da coluna

Redação Publicado em 03/02/2025, às 06h00

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A escoliose, condição que provoca a curvatura anormal da coluna vertebral, gera muitas dúvidas sobre como ela afeta a prática de atividades físicas. Algumas pessoas acreditam que o exercício deve ser evitado, mas, segundo o ortopedista Guilherme Porceban, na maioria dos casos, é possível – e até recomendável – manter uma rotina de exercícios, desde que com os devidos cuidados.
 

 

“A prática de atividade física, quando bem orientada, pode ser extremamente benéfica para pessoas com escoliose. Ela ajuda a fortalecer os músculos de suporte da coluna, melhora a postura e reduz dores, promovendo mais qualidade de vida”, explica o especialista.

 

Escoliose e limitações: como saber o que é permitido?

A intensidade e o tipo de exercício dependerão do grau da escoliose e de como ela afeta o paciente. Segundo Guilherme, a escoliose não necessariamente restringe a prática de atividade física, mas requer atenção individualizada.

“Em casos leves, a pessoa pode praticar exercícios com poucas ou nenhuma adaptação. Já nos casos mais graves, com curvaturas mais acentuadas ou dores frequentes, é necessário acompanhamento médico para determinar quais atividades são seguras e quais devem ser evitadas”, esclarece.

 

Atividades recomendadas para quem tem escoliose

 
O ortopedista destaca que exercícios de baixo impacto e aqueles que promovem fortalecimento muscular e alongamento são os mais indicados. Entre as melhores opções estão:
 

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Cuidado com esportes de impacto e assimétricos

 
Embora a prática esportiva seja encorajada, Guilherme alerta que esportes de alto impacto, como corridas intensas ou levantamento de peso, podem ser prejudiciais dependendo do grau de escoliose. Movimentos assimétricos, como no tênis ou golfe, também podem aumentar o desequilíbrio muscular.
 
“Essas atividades não estão proibidas, mas é fundamental que sejam ajustadas com a ajuda de profissionais para evitar sobrecargas ou agravamento da condição”, ressalta o médico.
 

Escoliose severa: restrições e alternativas

 
Nos casos de escoliose severa, em que a curvatura ultrapassa os 40 graus ou há comprometimento da função pulmonar ou cardíaca, pode haver mais restrições. Porém, mesmo nesses casos, Guilherme afirma que o movimento é importante.
 
“Com acompanhamento médico e fisioterapêutico, é possível encontrar atividades adaptadas que promovam bem-estar e ajudem no tratamento. A imobilidade, ao contrário, pode agravar a dor e a rigidez”, explica.
 

O exercício como aliado no tratamento da escoliose

 
Além dos benefícios físicos, a prática de atividade física traz impactos emocionais importantes para quem convive com escoliose. “O exercício melhora a autoestima, reduz o estresse e ajuda no enfrentamento das limitações. É um recurso valioso, desde que praticado de forma consciente e com orientação adequada”, enfatiza Guilherme.
 
Dicas para uma prática segura
 
 

Conclusão: movimento com segurança

 
A escoliose não precisa ser um impeditivo para a prática de atividades físicas. Pelo contrário, o exercício pode ser um aliado no alívio dos sintomas e na melhora da qualidade de vida. “O segredo está na individualização do tratamento e no acompanhamento profissional. Com as adaptações certas, é possível manter o corpo ativo e saudável, mesmo com escoliose”, finaliza o ortopedista Guilherme.
 
Se você tem escoliose e deseja começar ou retomar uma rotina de exercícios, consulte um especialista para orientá-lo na escolha das melhores práticas para sua condição. O movimento, com responsabilidade, é o caminho para uma vida mais leve e equilibrada.
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