O cardiologista Dr. Yuri Brasil orienta sobre formas de prevenção e explica as causas desses problemas
Redação Publicado em 08/12/2022, às 14h00
Anualmente, milhões de pessoas realizam viagens de avião, seja de curta ou longa distância, porém, os voos de maior duração, como os para a Copa do Mundo no Qatar podem durar até 15 horas ininterruptas, sem contar possíveis conexões em outros países. Segundo o cardiologista Dr. Yuri Brasil, as condições impostas pelo trajeto podem ocasionar diversos sintomas e até mesmo apresentar riscos para quem sofre com problemas no coração.
Primeiramente é preciso entender que as reais emergências a ocorrerem dentro de aviões geralmente dizem respeito a síncopes, perda de consciência ou sintomas gastrointestinais intensos, como fortes dores, vômitos e diarreias. Segundo uma revisão de estudos realizada pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, apenas 7% dos casos são emergências cardiovasculares, com 0,2% de paradas cardiorrespiratórias que levam à morte súbita”, destaca o especialista.
O maior risco desse tipo de viagem, de acordo com Dr. Yuri, é a trombose venosa profunda, já que permanecer muitas horas sentado represa a circulação sanguínea nos membros inferiores. Outras condições de voo, como ar-condicionado potente e não beber água regularmente também são prejudiciais à saúde. “A má circulação quando associada a fatores genéticos, de obesidade, diabetes, sedentarismo, hipertensão e tabagismo pode resultar em ainda mais problemas.”
Nestes casos, a dica do cardiologista é se manter hidratado, utilizar roupas confortáveis durante os voos e tentar movimentar-se sempre que possível, mesmo que em curtas caminhadas pelos corredores da aeronave. “Embora os casos de infarto dentro de aviões sempre ganhem destaque na mídia, a proporção de passageiros que sofrem com o mal nas alturas é semelhante a de quem está no trânsito ou realizando qualquer outra tarefa em terra firme.”
Porém, um ponto de atenção ressaltado por Dr. Yuri é que a maioria das pessoas que sofre um infarto infelizmente morre na primeira hora caso não recebam um socorro adequado. “Ou seja, embora viajar de avião não aumente os riscos de infarto, torna a situação mais perigosa, afinal, a possibilidade de socorro no céu é imprevisível e o tempo necessário até o pouso da aeronave pode ser fatal”, diz.
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