A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues alerta para a importância da luta contra a sepse
Redação Publicado em 13/09/2022, às 06h00 - Atualizado às 17h16
Celebrado em 13 de setembro de cada ano, o Dia Mundial da Sepse é a oportunidade de conscientizar a população sobre este problema de saúde pública. A infectologista e clínica geral Dra. Ana Rachel Seni Rodrigues, explica que a condição se trata de um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção, popularmente conhecido como infecção generalizada.
Vale, porém, corrigir uma informação tida como senso comum com base nessa expressão, afinal, não se trata de uma infecção presente em todos os locais do organismo. Muitas vezes, o problema está situado em apenas um órgão, mas provoca uma resposta inflamatória no resto do corpo humano como tentativa de combater o principal agente da infecção”, explica Rodrigues.
Tal inflamação pode comprometer o funcionamento de vários órgãos, um quadro conhecido como falência de múltiplos órgãos. Os principais grupos de risco são: bebês prematuros; crianças abaixo de um ano; idosos acima de 65 anos; pacientes com câncer; pessoas com AIDS; usuários de álcool e drogas; indivíduos com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou diabetes; e pacientes que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo.
Embora não existam sintomas específicos, qualquer pessoa pode ter sepse, especialmente se estiver passando por uma infecção em que haja a presença de febre, taquicardia, fraqueza intensa, tonteiras ou sinais mais graves, como pressão baixa, falta de ar, sonolência excessiva ou confusão. Estes casos, devem procurar atendimento médico o mais rápido possível”, alerta.
Ainda de acordo com a Dra. Ana Rachel, a sepse é uma emergência médica e seu tratamento é imprescindível nas primeiras horas após o primeiro sinal de infecção, podendo ser a base de antibióticos ou até mesmo soro e oxigênio. O Ministério da Saúde ainda estima que, no Brasil, ocorram cerca de 670 mil óbitos da doença por ano. “A data traz um alerta de que, ao contrário do que muitos pensam, sepse não é um problema só para pacientes hospitalizados. Grande parte dos casos é atendida nos serviços de urgência e emergência”, diz a especialista.
Diante desse cenário, o risco de sepse pode ser diminuído, especialmente em crianças, respeitando-se o calendário de vacinação. Outras recomendações incluem uma adequada higiene das mãos e cuidados com equipamentos médicos em hospitais e unidades de saúde. “Além de manter bons hábitos de vida, nunca se automedicando ou fazendo uso desnecessário de antibióticos”, orienta Dra. Ana Rachel.
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