O cardiologista Dr. Yuri Brasil orienta sobre os cuidados e formas de prevenção desse tipo de hipertensão
Redação Publicado em 17/05/2023, às 10h00
Celebrado anualmente em 17 de maio, o Dia Mundial da Hipertensão Arterial tem como objetivo conscientizar a população sobre os principais aspectos da doença. Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), a pressão alta mata 300 mil brasileiros anualmente, sendo a principal causa de morte no país. Diante desse cenário, o cardiologista Dr. Yuri Brasil explica a importância de entender os mitos e as verdades sobre essa condição.
“A hipertensão é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como a doença coronariana e o acidente vascular cerebral (AVC), além de também desencadear quadros de doença renal crônica, insuficiência cardíaca, arritmia e demências. Logo, entender o que realmente afeta a pressão sanguínea é fundamental, tanto para evitar o desenvolvimento desses problemas, quanto para tratá-los corretamente”, comenta Dr. Yuri.
O especialista destaca o estresse como um dos fatores que realmente interferem na pressão arterial. “Essa resposta do organismo a determinados estímulos, não apenas eleva a pressão, mas também reduz a circulação do sangue e aumenta o consumo de oxigênio pelo músculo cardíaco, o que, consequentemente, gera instabilidade elétrica no coração, podendo causar, inclusive, o infarto.”
Outro fato apontado por Dr. Yuri é de que o álcool e o tabagismo prejudicam o controle da hipertensão arterial, pois o consumo excessivo de bebida alcoólica, assim como o de cigarros de qualquer tipo, estão diretamente associados a elevação da pressão, além de maior risco de morte por doenças cardíacas. “Lembrando que na maioria das vezes, a hipertensão não apresenta sintomas, o que demanda ainda mais cuidados na prevenção de hábitos nocivos a própria saúde.”
Já no que diz respeito a um dos principais mitos difundidos sobre a hipertensão arterial, o cardiologista desmente a ideia de que a doença seja mais comum entre as mulheres. “No Brasil, a SBC indica maior prevalência da condição entre os homens. Essa desinformação existe, pois após a menopausa, o cenário costuma se inverter, já que nessa fase há uma diminuição da produção de estrogênio nas mulheres, protetor natural do sistema arterial.”
Outro mito ressaltado por Dr. Yuri é de que o sal da comida, sozinho, é o grande responsável pelo aumento da pressão arterial. “Embora realmente seja um dos principais fatores de risco, o sal adicionado à comida não é o único desencadeador da doença. Obesidade, sedentarismo, doenças associadas e histórico familiar também podem contribuir para o desenvolvimento da condição.”
Dessa forma, o cardiologista orienta que a aferição da pressão seja regulamente realizada, assim como as consultas e demais exames junto a um profissional especializado. “Assim, é possível entender o diagnóstico e evitar informações errôneas sobre a doença. Lembrando que, embora na maioria das vezes se trate de uma condição que não possui cura, a pressão alta pode e deve ser controlada.”
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